O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) foi um dos governadores que não assinou a nota de repúdio contra o presidente Jair Bolsonaro, publicada nesta segunda-feira (1). Dos 27 governantes das unidade federativas do Brasil, 19 se disseram contrários à atitude de Bolsonaro em revelar, no domingo (28), os valores exatos que cada Estado recebeu, em 2020, para combater a pandemia da Covid-19.
Os dados dos repasses foram retirados do Portal da Transparência, Localiza SUS e Senado Federal e ficam publicados para qualquer cidadão ter acesso. As verbas informadas por Bolsonaro nas redes sociais dizem respeito a 'valores diretos' (saúde e outros), 'valores indiretos' (suspensão e renegociação de dívidas) e, ainda, repasse em auxílio emergencial, enquanto ele esteve em vigor.
Além de Zema, Gladson Cameli (PP-AC), Wilson Lima (PSC-AM), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Marcos Rocha (PSL-RO), Antonio Denarium (PSL-RR) e Carlos Moisés (PSL-SC) não assinam o documento.
Em nota, os Estados “magoados” disseram que “o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos”. Já o governador Romeu Zema acredita que o momento é de união em torno de soluções no combate à pandemia, com a aceleração do processo de vacinação e o financiamento dos leitos de UTI.
“Os embates políticos devem ficar em segundo plano, com foco na solução de problemas", disse Zema.
A informação do presidente ocorre, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a União banque os leitos de UTI para pacientes com a Covid-19 do Maranhão, Bahia e São Paulo. Os três estados já haviam recebido verbas para o enfrentamento da pandemia no Brasil.
Jornal da Cidade