Os conselheiros alegaram que deixaram a estatal porque tinham medo de ser responsabilizados pela queda no valor de mercado da empresa.
Omar Carneiro da Cunha, João Cox, Nívio Zivian e Paulo César de Souza explicaram que, como pessoas físicas, podem ser “atingidos” por processos judiciais e ter os bens bloqueados.
A atitude dos conselheiros pareceu meio estranha porque ocorre, justamente, no período de substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna, um gestor sério e eficiente. A decisão de trocar o comando da Petrobras foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, em 19 de fevereiro, depois que os combustíveis aumentaram pela quarta vez no Brasil; refletindo em uma alta de 42% no valor do produto final ao consumidor.
O acréscimo no valor dos combustíveis preocupa o Planalto porque vários setores da economia – como o de transportes – depende desses produtos para retomar fôlego após um ano pandêmico.
Já o general Silva e Luna é tido como excelente administrador. Ele foi diretor-geral da Hidrelétrica de Itaipu e, nos bastidores, é visto como uma pessoa de confiança, discreto, moderado e que tem em seu currículo a experiência e formação para o cargo. O militar chega com fama de quem “coloca ordem na casa”.
Jornal da Cidade