Reunião para decidir sobre a Huawei e a rede 5G no Reino Unido acontece nesta terça-feira, 14
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deve banir a Huawei das redes 5G do país nesta segunda-feira, 13. A decisão irritará Pequim, mas é apoiada pelo presidente Donald Trump, enquanto os Estados Unidos enfrentam a crescente influência econômica e tecnológica da China.
Os EUA pressionaram Johnson a reverter sua decisão de janeiro de conceder à Huawei um papel limitado nas redes 5G, enquanto Londres ficava apreensiva com a repressão chinesa em Hong Kong, além da percepção de que a China não divulgou todos os fatos sobre o coronavírus.
O Conselho de Segurança Nacional do Reino Unido (NSC), presidido por Johnson, se reunirá na terça-feira, 14, para discutir a questão da Huawei. O secretário de mídia, Oliver Dowden, anunciará uma decisão à Câmara dos Comuns no final do dia.
O motivo imediato para banir a Huawei é o impacto de novas sanções dos EUA sobre a tecnologia de chips, que Londres diz afetar a capacidade da empresa de se manter uma fornecedora confiável no futuro.
Não está claro até onde Johnson irá na terça-feira. As operadoras de telefonia já tinham que limitar o papel da Huawei nas redes 5G em 35% até 2023. Agora, está sendo discutido o corte total da empresa após um período adicional de dois a quatro anos, embora algumas empresas do setor tenham avisado que ir rápido demais pode atrasar a tecnologia e prejudicar seus serviços.
Questionado sobre a Huawei em junho, Johnson disse que protegeria a infraestrutura crítica de "fornecedores estatais hostis". O secretário da Justiça, Robert Buckland, disse nesta segunda-feira que a "prioridade" da decisão seria a segurança nacional.
Reuters