Cloro desviado é usado para o tratamento da água distribuída para mais 27,9 milhões de pessoas no estado de São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira, 14, dez pessoas acusadas de desvio do cloro usado no tratamento de água da Sabesp.
Foram expedidos 15 mandados de prisão e estão sendo cumpridos 27 de busca e apreensão na capital paulista e em mais seis cidades da região metropolitana e do litoral.
Parte da carga desviada foi localizada em um galpão. A suspeita é produtos de limpeza tenham sido fabricados utilizando o hipoclorito de sódio desviado da estatal.
Entre os investigados estão empresários, receptadores e motoristas. Eles são suspeitos de furto, receptação e organização criminosa. Há agravante porque são cometidos contra órgão público e contra a saúde pública.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo informou que acompanha os desdobramentos da operação e que vai tomar medidas judiciais contra os fornecedores envolvidos para o ressarcimento de eventuais prejuízos.
A Sabesp destaca, no entanto, que a água é testada diversas vezes antes de ser distribuída para o abastecimento e que, por isso, não existe risco para a população.
Em nota, a Sabesp diz que segue a legislação brasileira, do Ministério da Saúde, que estabelece parâmetros para qualidade da água.
Afonso Marangoni, Revista Oeste