Já não é novidade para os conservadores que a esquerda empenha toda sua força política e financeira para exercer o controle do ensino e, por consequência, a doutrinação, delimitando o acesso ao aprendizado. Nos últimos dias, a caça à opinião contrária se intensificou a tal ponto que uma das peças mais importantes do governo precisou se desligar de um ministério e sair do país, pois a sua vida e a vida da sua família estava em risco.
Está claro o desejo por controlar a mente e o monopólio da opinião, mas, e o seu dinheiro? Será que eles também desejam controlá-lo?
Em maio de 2019, um respeitado instituto de pesquisa dos EUA, Pew Research, publicou um relatório que embasou a estimativa realizada por uma empresa de investimentos americana de que os cristãos norte-americanos possuíam, na ocasião da publicação, mais de US$ 21 trilhões, ou seja, algo como 20 vezes o PIB do Brasil.
Em um país como Brasil, cuja maioria da população é cristã e adota práticas conservadoras, podemos presumir que (ainda) exista uma quantia de recursos financeiros significativa nas mãos desse público.
Recentemente, portais e diversos produtores de conteúdo voltados para esse público sofreram (e vêm sofrendo) uma onda maciça de ataques sob a acusação da prática de fake news. Tais ataques retiraram dessas iniciativas a monetização recebida através de propagandas e campanhas de apoio financeiro. Se, por um lado, está clara a tentativa de suprimir e criminalizar a opinião divergente, por outro fica cada vez mais nítida a intenção de não apenas eliminar a concorrência como também de impor ao público de que forma ele (não) poderá gastar o seu próprio dinheiro.
A jogada mais recente da oposição foi a publicação de uma notícia, em um veículo de comunicação impresso e virtual (cuja editora pediu, no dia 26 de abril, um novo pedido de recuperação judicial), com o objetivo de associar empresários à prática de financiamento de organização criminosa. A construção “lógica” por trás das afirmações é um absurdo e a ginástica mental para se chegar a tal conclusão seria cômica se não fosse trágica.
Toda ação é movida por uma motivação. Enquanto cristãos conservadores esforçam-se pela busca da verdade, o outro lado insiste em criar e unir atos falaciosos na construção de uma falsa verdade.
Eles querem ganhar a sua mente, expurgar a liberdade de expressão, transformar em crime a sua opinião e, agora, controlar e criminalizar o seu bolso.
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