Parado desde março, o turismo começa a se mexer. Foz do Iguaçu tem recebido visitas de agentes de viagens interessados em conhecer as medidas que serão tomadas para evitar o contágio no setor.
Aldo Leone, dono da Agaxtur, que viajou para lá, descreve hotéis com tapetes de sanitização, higienização de canetas usadas para assinar o check-in e toalhas nos quartos empacotadas com plástico. Segundo ele, até a tapioca no café da manhã veio envolvida em embalagem descartável e os carregadores limpam as malas antes de devolver ao turista.
O empresário diz que sua mulher, Patty Leone, influencer do turismo que o acompanha no roteiro, foi criticada nas redes por estar viajando em um momento em que as mortes pela Covid-19 avançam. "O que nós estamos fazendo aqui é trabalho. Estamos trabalhando para conhecer o nível de segurança que está sendo praticado", afirma o empresário.
Na CVC, que já abriu 900 de suas 1.400 lojas franqueadas em estados que liberaram a retomada, a expectativa é de uma reação primeiro no turismo doméstico.
A companhia está preparada para a retomada a partir de julho e diz que já tem clientes buscando pacotes para o fim do ano, principalmente para destinos próximos de suas próprias casas, viagens que podem ser feitas de carro próprio ou alugado. Também há demanda pelo Nordeste e pelo Sul.
A CVC diz que 80% dos hotéis e resortes com os quais trabalha estarão prontos para receber clientes a partir de julho, seguindo protocolos contra o coronavírus
Com Joana Cunha, Folha de São Paulo