Entendimento de Bruno Calabrich
é o mesmo de colegas como Raquel
Dodge, ex-PGR
São imprestáveis as eventuais provas recolhidas pela Polícia Federal na operação desta quarta (27) contra críticas, fake news e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A advertência é de Bruno Calabrich, procurador da República, cujo entendimento é compartilhado por colegas como Raquel Dodge, ex-procuradora-geral da República que, ainda no cargo, comparou o STF a um “tribunal de exceção”, próprio de regimes totalitários. O papel de investigar é da polícia e missão legal de também investigar e acusar é privativa do ministério público.
Além disso, Bruno Calabrich lembrou durante entrevista à Rádio Bandeirantes que, como “vítima” dos supostos ataques e ameaças, o STF não poderia mesmo investigar os supostos crimes.
Acusações no inquérito de Alexandre de Moraes estão indo direto para a lata do lixo do ministério público, que considera as provas ilegais.
Calabrich lamenta que, com “provas” imprestáveis, o inquérito de Moraes favoreça aqueles que eventualmente tenham cometido ilegalidades.
A PGR arquivou o inquérito em 2019, e o entendimento do STF é que não há o que fazer, segundo lembra o procurador Bruno Calabrich.
Cláudio Humberto, Diário do Poder