domingo, 24 de maio de 2020

De museus a parques, dez passeios virtuais para fazer em Nova York durante a quarentena

O sul da Ilha de Manhattan visto a partir do observatório do Empire State Building, um dos ícones de Nova York Foto: Julienne Schaer / NYC & Company / Divulgação
O sul da Ilha de Manhattan visto a partir do observatório do Empire State Building, um dos ícones de Nova York 
Foto: Julienne Schaer / NYC & Company / Divulgação


Caminhar pelo Central Park, apreciar Manhattan do alto do Empire State Building e visitar o Metropolitan Museum of Art são alguns dos programas imperdíveis de Nova York, tanto para quem visita a cidade pela primeira vez quanto para aqueles que já são velhos conhecidos do lugar. A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a cidade, mas, pela internet, ainda é possível curtir um pouco de seus encantos.
Boa parte dessas das "atrações digitais" pode ser encontrada no site Virtual NYC, criado pelo NYC & Company, órgão de promoção turística da cidade, especialmente para esse período de quarentena e restrições de viagem. A partir dos links encontrados na página, selecionamos dez passeios virtuais por Nova York.

Metropolitan Museum of Art

O Metropolitan Museum of Art (ou Met, para os íntimos), tem, em seu site, uma série de vídeos em 360 graus que mostram algumas de suas áreas mais importantes. É possível caminhar pelo Great Hall (a entrada principal do prédio), pelo Charles Engelhard Court (com suas inúmeras esculturas) e pelo Templo de Dendur (paraíso de amantes da história do Egito Antigo), entre outros. Também é possível ve, em detalhes, algumas das principais coleções do museu.

Central Park

No site do Central Park Conservancy há um tour virtual por alguns dos pontos mais icônicos do parque, como o memorial "Strawberry Fields", a fonte Cherry Hill, o Bethesda Terrace e a estátua de "Alice no País das Maravilhas". Clicando em setas, o visitante "caminha" pelo parque, através de fotos e um audioguia, em inglês. Também há uma programação de passeios virtuais ao vivo, explorando determinados aspectos do parque. Eles acontecem toda quarta-feira às 13h30m (horário de Brasília), pelo aplicativo Zoom, e, para participar, é preciso registrar o e-mail. Mas também é possível assistir aos vídeos depois, no próprio site do Central Park Conservancy.

Caminhar pelos parques

O Central Park, aliás, não é o único parque de Nova York, muito pelo contrário. A cidade tem dezenas de outros parques e praças e é possível conhecer muitos deles através do site do Departamento de Parques da Cidade de Nova York. Na página, procure a área Parks @ Home, com informações e atividades, como agenda de lives realizadas por funcionários do departamento, apresentando alguns dos muitos parques novaiorquinos. Os vídeos podem ser encontrados também na página do órgão no Facebook.

Coney Island

De frente para o mar no pitoresco bairro de Coney Island, no Brooklyn, o Luna Park é uma das atrações mais tradicionais da cidade, pelo menos entre os americanos. No site deste parque de diversões à moda antiga há quatro vídeos em 360 graus que prometem a emoção de andar em alguns de seus brinquedos mais radicais, entre eles a montanha-russa Cyclone, com estrutura de madeira e inaugurada em 1927. Claro que não chega perto da adrenalina real, mas é uma experiência divertida.

Empire State Building

Observar a Big Apple do alto do mais famoso de seus arranha-céus é um programa imperdível, mesmo para quem está no sofá de casa. No site do Empire State Building há uma área que simula a visita ao mirante no 86º andar do prédio, com panoramas da vista aérea da cidade e pontos clicáveis, que se abrem em janelas contando detalhes de marcos da cidade avistados lá de cima, como a Ponte do Brooklyn. E tudo isso ao som do audioguia oficial da atração, em português.

Música clássica

Duas das grandes instituições culturais dos Estados Unidos dedicadas à música erudita e à ópera estão bastante ativas nos palcos digitais. A Metropolitan  Opera tem publicado, toda noite, às 19h30m, uma peça diferente, direto de seu arquivo. Os vídeos ficam disponíveis até às 18h30m do dia seguinte. O mesmo tem sido feito pela New York Philharmonic, que exibe (em suas páginas no Youtube e no Facebook) apresentações do passado da orquestra sinfônica todas as quintas-feiras, às 19h30m. Aliás, vale a pena navegar pelas redes sociais da filarmônica, onde há vídeos recentes que mostram seus músicos, cada um em sua respectiva casa, executando trechos de peças de autores como Mahler e Ravel.

American Museum of Natural History

Um sucesso absoluto entre os que visitam Nova York em família, o museu de história natural de Nova York (leia-se: dinossauros!) também tem tido uma agenda digital bastante movimentada. No site da instituição, é possível encontrar opções de tours virtuais  e também visitas guiadas digitais, feitas com profissionais do próprio museu. Estes eventos acontecem com hora marcada, e dá para acompanhar ao vivo pelo aplicativo Zoom. Para quem perder, os vídeos fica salvos no página do Facebook do museu

Memorial do 11 de Setembro

Uma das atrações mais tocantes em Nova York, sem dúvidas, é o 9/11 Memorial & Museum, que funciona no local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center. No site do museu há um tour virtual interativo bem interessante, com atores interpretando visitantes, cujos passos o turista em quarentena escolhe.

Construções históricas

Quer saber a história da Ilha do Governador ianque (a Governors Island) ou conhecer a casa de fazenda mais antiga de Manhattan, ou ainda visitar o local de nascimento de Theodore Roosevelt? Uma dica é assistir aos vídeos da série "Tourist in your own town", no site do New York Landmarks Conservancy. Apesar do nome, você não precisa ser um novaiorquino de carteirinha para curtir os vídeos (curtos) que falam sobre mais de 60 construções históricas da cidade. Se preferir, o material também está disponível no canal do Youtube da instituição.

New York City Museum

Como o nome já diz, o museu é dedicado à cidade de Nova York, e tem promovido debates e exposições virtuais conectando seu acervo ao momento atual, um dos mais drásticos da história da cidade. Através do site do museu, é possível participar de palestras virtuais com curadores da instituição, e também acessar parte de seu acervo.
Eduardo Maia, O Globo