Lucia Mutikani - Reuters
WASHINGTON - Os gastos do consumidor dos Estados Unidos tiveram seu maior aumento em mais de seis anos em abril, e a inflação subiu de forma estável, mais sinais de aceleração do crescimento econômico que podem convencer o Federal Reserve, banco central do país, a elevar os juros novamente já em junho.
O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira que o os gastos do consumidor, que correspondem a mais de dois terços da atividade econômica norte-americana, cresceu 1 por cento no mês passado, com as famílias comprando automóveis e uma série de outros produtos e serviços.
O número dos gastos do consumidor em março foi revisado para baixo, para mostrar estabilidade ao invés do aumento de 0,1 por cento divulgado anteriormente.
O aumento do mês passado foi o maior desde agosto de 2009, e superou as expectativas dos economistas de uma alta de 0,7 por cento. Quando ajustado pela inflação, os gastos dos consumidores aumentaram em 0,6 por cento, o maior ganho desde fevereiro de 2014, após ficar estável em março.
Os dados fortes dos gastos do consumidor se juntaram aos de exportação de bens, produção industrial, início de construção de e venda de moradias para sugerir que a economia está recuperando ritmo após o crescimento de apenas 0,8 por cento em taxa anualizada no primeiro trimestre.
O índice de preços PCE, excluindo os voláteis componentes de alimentos e energia, subiu 0,2 por cento no mês passado, após aumento de 0,1 por cento em março.
O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Fed, e está abaixo da meta de 2 por cento do banco central.
A ata da reunião de 26 e 27 de abril do Fed mostrou que a maioria de suas autoridades considerou apropriado elevar os juros em junho se os dados continuarem a indicar melhora no crescimento do segundo trimestre. A chair do Fed, Janet Yellen, expressou-se de forma similar na sexta-feira.