Fernando Moura, lobista ligado a José Dirceu e delator da Lava Jato, acabou de ser solto pelo juiz Sergio Moro.
Em 22 de setembro, publicamos este post a seu respeito:
Fernando Moura, o mais novo delator da Lava Jato, esclareceu a origem do Petrolão.
Por muito tempo, os petistas tentaram arrastar o governo Fernando Henrique Cardoso para o centro do inquérito. Agora se sabe que, embora Lula não tenha inventado a propina – para usar o bordão preferido dos petistas –, ele certamente inventou o Petrolão.
Fernando Moura, operador de José Dirceu, disse que, em 2003, em conluio com o dono da Etesco, indicou o nome de Renato Duque para a diretoria da Petrobras. A partir daquele momento, os negócios da empreiteira com a estatal se multiplicaram.
O delator disse:
"A Etesco, que era uma empresa de pequeno/médio porte do Butantã, sediada perto do diretório regional do Partido dos Trabalhadores, passou repentinamente a figurar como player entre as gigantes da construção civil".
Como a Etesco era incapaz de executar as obras, tornando evidente a fraude, ela passou a negociar os contratos com outras empreiteiras, como a UTC e a OAS, dos dois amigos de Lula, Ricardo Pessoa e Léo Pinheiro.
Em 2004, o PT já dependia do dinheiro roubado da Petrobras para financiar suas campanhas. Fernando Moura disse que, naquele ano, repassou para o partido, através de Silvio “Land Rover” Pereira, 650 mil reais em propinas da Camargo Corrêa – 350 mil reais pagos por Julio Camargo e outros 300 mil reais pagos pelo presidente da empreiteira, João Auler.
Quando explodiu o mensalão, em 2005, Fernando Moura foi escondido em Miami, ganhando um “cala boca” mensal de 100 mil reais.
Milton Pascowitch assumiu seu lugar e ajudou a transformar o Petrolão no maior esquema de corrupção de todos os tempos, que repassou mais de 500 milhões de reais em propinas para o PT de Lula e Dilma Rousseff.