quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dar pastas ao PMDB não vai resolver problema no Congresso, diz Eduardo Cunha, acuado tanto quanto a dupla corrupta Lula-Dilma

Alan Marques/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 30.08.20125. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, comanda sessão de votação da Casa. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)


Ranier Bragon - UOL


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na manhã desta quinta-feira (24) que Dilma Rousseff não irá resolver seu problema com o Congresso distribuindo ministérios ao PMDB.

Em meio à crise política e econômica e sob ameaça de um processo de impeachment no Congresso, a presidente da República está oferecendo pastas às bancadas do partido na Câmara e no Senado, entre elas a da Saúde.

"Eu continuo defendendo que o PMDB saia do governo, que não ocupe cargos. Da minha parte eu simplesmente ignoro o que está acontecendo com a reforma, não tenho ingerência e nem quero ter. (...) Essa tentativa de reintroduzir o PMDB no projeto, uma tentativa através de cargos públicos, não é a melhor forma de fazer. Mais ocupação de cargos ou menos ocupação de cargos jamais vai resolver as divergências de base que existiam", disse Cunha.

O peemedebista está rompido com o governo sob o argumento de que o Planalto está por trás das acusações que pesam contra ele no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República –instância máxima do Ministério Público Federal, sem ligação com nenhum dos três Poderes– sob a acusação, entre outras, de receber US$ 5 milhões de desvio de recursos da Petrobras.

Apesar do rompimento, Cunha tem se reaproximado do Planalto e vem conversando frequentemente com Dilma. Dois dos principais cotados para ocupar a Saúde e Infraestrutura são deputados muito próximos a ele: Manoel Júnior (PMDB-PB) e Celso Pansera (PMDB-RJ), respectivamente.

Durante evento da Câmara no setor que concentra parte dos apartamentos funcionais da Casa, na Asa Norte (região central de Brasília), Cunha foi questionado se acha que Dilma deixará o cargo. 

"Não tenho a irresponsabilidade de fazer opiniões com uma coisa tão grave como essa", respondeu.