Presidente discursa na abertura da 70ª Assembleia Geral da ONU em Nova York
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não tolera a corrupção, sem citar, entretanto, a Operação Lava Jato. No discurso de abertura da 70ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ela falou também sobre a economia brasileira – culpando novamente o cenário global para a crise nacional – e sobre ações para receber refugiados e imigrantes.
"O governo e a sociedade brasileiros não toleram a corrupção. A democracia brasileira se fortalece quando a autoridade assume o limite da lei como seu próprio limite", disse a presidente.
Ao falar de economia, Dilma afirmou que as medidas tomadas, dede 2008, para evitar que a crise mundial atingisse o país chegou ao limite. "Por seis anos, adotamos um amplo conjunto de medidas reduzindo impostos, ampliando o crédito, reforçando o investimento e o consumo das famílias. Esse esforço chegou agora ao limite, tanto por razões fiscais internas como aquelas relacionadas ao quadro externo", disse. A presidente afirmou que o governo está reequilibrando o Orçamento, cortando despesas e até investimento. "Propusemos cortes drásticos de despesas e redefinimos nossas receitas."
Dilma afirmou que o país passa por um momento de "transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro".
Para que as palavras da presidente na ONU se concretizem, entretanto, ela terá de enfrentar batalhas complicadas, a começar por uma semana decisiva ao retornar na noite desta segunda-feira a Brasília. Reportagem de O Globo mostra que Dilma terá de travar a reforma ministerial – que chegou a ser cogitada para antes da ida a Nova York –, e obter apoio no Congresso para a manutenção de vetos, como o reajuste do Judiciário.