Anda difícil a vida dos burgueses do capital alheio. João Pedro Stedile consegue entrevistar, por exemplo, Chico Buarque, e ambos mentem alegremente sobre a suposta privatização da Petrobras — o que, infelizmente, é mentira. De ambos. João Pedro Stedile também consegue mobilizar seus bate-paus para invadir terras de proprietários indefesos. Mais do que isso: João Pedro Stedile prometeu botar o seu “exército”, foi essa a palavra que ele usou, em defesa do mandato de Dilma Rousseff, embora se diga contrário às medidas adotadas por seu governo.
Mas vejam isto.
O vídeo mostra Stedile desembarcando com a sua companheira no aeroporto de Fortaleza na terça à noite. Suas mãos, sem nenhum calo, que jamais conheceram o cabo de uma enxada ou o volante de um trator, lisas como bumbum de bebê — para usar uma imagem inocente de Gilberto Gil —, carregam a mala. Vai saber o que fazia na capital do Ceará. Provavelmente chegava lá para organizar mais invasões, para dar mais ordens, para comandar a revolução dos mamadores nas tetas públicas, porque é isso o que é o movimento que ele comanda.
As pessoas que estavam no aeroporto não perdoaram. Cercaram o líder truculento — quando está em grupo ou cercado por seguranças da presidente — e gritaram a uma só voz: “MST, vai pra Cuba com o PT/ MST vai pra Cuba com o PT”. É uma riminha decorosa. O trocadilho poderia ficar ainda mais perto da indignação: “MST, vai pra Cuba que o pariu”. Porque foi Cuba quem pariu o MST e deformações do gênero.
Já disse que não endosso manifestações assim, mas entendo as suas razões. As pessoas estão com o saco cheio de mentiras, de violência, de arrogância, de líderes como este senhor. É claro que ninguém gosta de ser alvo de algo assim. É chato. Seu desconforto é visível. Sobretudo porque ele não pode nem mesmo negar que Cuba seja uma de suas referências, não é? A ilha, em companhia da Venezuela, que tem um governo assassino, são duas das principais influências do movimento.
Eis aí. Eis João Pedro Stedile, o homem que diz ter um exército.
MTST
O líder do MST tem seu congênere urbano: Guilherme Boulos. O rapaz, criado a pão de ló, filho de uma família muito abastada, ficou entediado e resolveu viver fortes emoções. Alguns, na sua condição, vão procurar o Estado Islâmico. Ele resolveu se contentar com o MTST.
O líder do MST tem seu congênere urbano: Guilherme Boulos. O rapaz, criado a pão de ló, filho de uma família muito abastada, ficou entediado e resolveu viver fortes emoções. Alguns, na sua condição, vão procurar o Estado Islâmico. Ele resolveu se contentar com o MTST.
O movimento invadiu nesta quarta os prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e em São Paulo para protestar contra o ajuste fiscal do governo. É coisa de vigarista político.
Boulos pode levar no beiço seus fanáticos e seus carentes, mas não quem sabe como as coisas funcionam. O ajuste fiscal não é do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas de Dilma.
Mas lá estava Boulos, que sem-teto não é. Lá estava Boulos, um “doutorando” que, por opção, é apenas um sem-emprego. Nunca precisou trabalhar para sobreviver. A família rica sempre lhe deu tudo — menos, tudo indica, um puxão de orelha e um tapa na bunda. Esse também prometeu parar o Brasil se Dilma cair.
Eu acho que eles ainda não perceberam que o Brasil não os suporta mais. Eu acho que eles ainda não perceberam que estamos cansados de pagar a conta. Eu acho que eles ainda não perceberam que não queremos mais ser pais e mães de pançudos.