terça-feira, 25 de julho de 2023

Privatização: Copel confirma lançamento de oferta pública de ações em até R$ 5 bilhões

 

Processo de transformação da Copel em modelo “corporação” será concluído na Bolsa de Valores| Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo


A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou, no início da tarde desta terça-feira (25), um comunicado aos acionistas e ao mercado em geral com a confirmação de que a oferta pública das ações para privatização da companhia será lançada ainda nesta terça ou na quarta-feira (26).

“Considerando a cotação das ações ordinárias da Companhia (CPLE3) no fechamento do mercado de ontem (24/7), a Oferta Pública envolveria valores entre R$ 4,3 a R$ 5 bilhões”, informa o “fato relevante” assinado pelo diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Adriano Rudek de Moura.

No último dia 10, a assembleia de acionistas da Copel aprovou uma reforma no estatuto para transformação da empresa paranaense em corporation. Assim, a Copel passa a operar no modelo de “sociedade com capital disperso e sem acionista controlador” após o leilão que deve ocorrer em agosto na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conforme adiantou o governador Ratinho Junior (PSD), durante discurso no leilão da primeira Parceria Público Privada (PPP) da Sanepar, no último dia 14.

“A efetiva realização da Oferta está sujeita, entre outros fatores, às condições macroeconômicas e de mercado no Brasil e no exterior, à celebração de contratos definitivos e aos procedimentos inerentes à realização de ofertas públicas na forma da regulamentação vigente, fatores esses alheios à vontade da Companhia”, esclarece a Copel no comunicado.

Procurada pela Gazeta do Povo, a Copel informou que não deve se manifestar sobre o assunto no momento, por meio da assessoria de imprensa. No comunicado, a companhia afirma que "manterá seus acionistas e o mercado informados sobre quaisquer atualizações relevantes relativas aos assuntos", por meio dos canais habituais, entre eles, o site da Copel e da B3, "respeitadas as restrições constantes das normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da legislação aplicável."


Rafael Fantin, Gazeta do Povo