segunda-feira, 29 de maio de 2023

J.R. Guzzo: 'A paixão de Lula por ditaduras e a visita do déspota bananeiro da Venezuela'

 

Deputados enviaram ofícios à embaixada dos EUA no Brasil contra o ditador venezuelano. Maduro tem mandado de busca por narcoterrorismo.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom


Eis aí: Nicolás Maduro, um dos mais grosseiros ditadores do mundo, figura que faria com perfeição o papel do déspota bananeiro em história de gibi, está de visita ao Brasil. 

É um dos grandes sonhos do Lula pós-cadeia – uma de suas ideias fixas, já há tempo, tem sido a de transformar o Brasil em território de preferência para os tiranetes latino-americanos que o tratam como “líder internacional”. 

São os únicos – mas é o suficiente para que Lula realize a sua fantasia de se apresentar perante a mídia e demais devotos como alguém capaz de influir nos destinos do mundo.

O ditador da Venezuela, classificado oficialmente como narcotraficante, terrorista e golpista pela maior parte das democracias do planeta, não pode viajar para países civilizados. 

Será preso ao pisar no aeroporto: há uma recompensa de 15 milhões de dólares por sua captura e entrega à polícia, a ser paga pelo governo hoje ultraprogressista dos Estados Unidos. 

Nem na Argentina ele pode ir; ainda outro dia, ficou com medo de ser detido no desembarque. 

Só lhe resta o Brasil, além das ditaduras mais primitivas do Terceiro Mundo. 

Por isso ele está aí.


O Brasil não tem absolutamente nada a ganhar, por nenhum critério, com a paixão de Lula pela Venezuela. 


Ele está apenas se juntando com a ruína.

É esta a “política externa” do presidente Lula: a hostilidade às grandes democracias mundiais e a associação com países do nível da Venezuela e de seu ditador. 

Em menos de seis meses de governo, ele já conseguiu deixar o Brasil isolado do mundo do progresso e da liberdade; cada vez mais, ele coloca o país ao lado de tudo aquilo que a comunidade das nações tem de pior.

Abriu o porto do Rio de Janeiro para navios de guerra do Irã, apesar dos protestos da comunidade democrática internacional; aliou-se abertamente, nesse caso, a um regime que promove o terrorismo. Acusou a Ucrânia de ser responsável pela invasão do se próprio território. 

Acha que a China é o grande farol que o Brasil tem de seguir, na política e na economia.

O Brasil não tem absolutamente nada a ganhar, por nenhum critério, com a paixão de Lula pela Venezuela. 

Ele está apenas se juntando com a ruína. 

A tirania de Maduro, que está no poder por eleições fraudadas e nega à população os seus diretos mais elementares, conseguiu reduzir 90% dos venezuelanos à pobreza – algo que jamais se viu na história humana. 

A única opção que o governo oferece aos cidadãos é fugir do país para não morrer de fome, enquanto Maduro e a sua corte vivem como paxás com os dólares que ganham no tráfico de drogas para os Estados Unidos e Europa. 

A economia da Venezuela foi destruída. 

A inflação está fora de controle, não existe moeda nacional e os sistemas de produção deixaram de funcionar. 

A elite sobrevive com produtos importados – e pagos com os dólares do narcotráfico.

A visita de Maduro ao Brasil contém um outro veneno. 

As Forças Armadas brasileiras foram obrigadas a bater continência para um indivíduo que está com a cabeça formalmente a prêmio por traficar com entorpecentes . 

Nunca havia acontecido nada parecido com isso ao longo da história; é uma primazia dos oficiais que comandam as três forças no regime de Lula. 

O comandante do Exército vive dizendo que é um defensor intransigente da “legalidade”. 

Eis aí para onde a sua legalidade conduziu os militares brasileiros; estão tendo de prestar homenagem ao crime internacional.


Gazeta do Povo