Até novembro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça era contratado pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal
Sergio Moro, lançado pelo Podemos como pré-candidato à Presidência da República, será remunerado com um salário bruto de R$ 22 mil pela agremiação a partir deste mês de dezembro.
Com os descontos, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo do presidente Jair Bolsonaro receberá cerca de R$ 15 mil mensais. Até novembro, Moro era contratado pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal.
A remuneração de dirigentes partidários é permitida no Brasil, seja por meio de dinheiro público — com o Fundo Partidário — ou privado, através de arrecadações em doações externas e contribuição de filiados. Moro, pelo menos por enquanto, não é dirigente do Podemos, embora seja pré-candidato ao Planalto.
Outros postulantes à disputa presidencial também recebem salário de seus partidos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganha cerca de R$ 27 mil brutos da legenda (R$ 22 mil líquidos), além de R$ 12 mil por ser ex-presidente da República.
Ciro Gomes, por sua vez, recebe pouco mais de R$ 26 mil como vice-presidente do PDT (R$ 21,3% mil líquidos).
Juntos, desde 2019, Lula e Ciro receberam quase R$ 1 milhão em salários pagos por suas legendas, por meio de recursos do Fundo Partidário, segundo levantamento da CNN Brasil.
Em tempo: A grana é do pagador de impostos. Não consta que o 'Podemos' produza algo que gere dinheiro. Pelo contrário, subtrai do trabalhador... É mais um reles 'gigolô' que sobrevive às custas da 'viúva', como as demais legendas. Moro aumenta a lista de parasitas... Resumo da ópera: a grana seria bem aplicada em educação, saúde, segurança, infraestrutura, na moralização da Justiça (impedindo que criminosos estivessem soltos, como Lula, André do Rap, Dirceu...)
Moro x Bolsonaro
Ontem, durante a filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal (PL), o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que também se filiou à legenda, fez duras críticas a Moro, apesar de não citar citado nominalmente o ex-ministro.
O filho do presidente falou diversas vezes que “a política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor”. “Traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Bolsonaro”, disse Flávio. ”
“Traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere na Polícia Federal. Em um governo conservador, havia uma orientação superior para que se dificultasse a aquisição de armas de fogo para as pessoas exercerem o direito à legítima defesa”, continuou o senador. “Traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendem o aborto.”
Fábio Matos, Revista Oeste