Quando concedeu sua mais recente entrevista a VEJA, em fevereiro de 2017, Pelé caminhava com o auxílio de uma bengala. Ele relatou na ocasião que, com tantas cirurgias, ficava “um pouco abatido psicologicamente porque toda vez que começava a melhorar acontecia algo”.
“Na primeira cirurgia nos quadris, disseram que eu ficaria no máximo três meses parado. Passaram-se vários meses e não melhorei. Resolvi fazer a revisão nos Estados Unidos, e falaram que em dois meses eu ficaria bem de novo. Quando estava melhorando, torci o joelho. Isso me deixou chateado, me abateu um pouco. Joguei trinta anos e nunca tive problema, afinal”, contou Pelé, que, por causa desses problemas físicos, não pôde participar da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
Em outubro de 2017, quando ainda se recuperava da última cirurgia no quadril, o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira sentiu dores e cancelou sua participação no evento de lançamento do filme Pelé – O Nascimento de uma Lenda, que aborda a infância e o início da carreira dele até a vitória na Copa do Mundo de 1958, com apenas 17 anos.