sexta-feira, 12 de maio de 2017

Palocci e executivo do grupo J&F são alvo de ação contra fraude no BNDES

Fabio Serapião e Fausto Macedo - O Estado de São Paulo

Segundo a PF, os aportes do banco público foram realizadas após a contratação de empresa de um político, o que teria agilizado o processo


O principal alvo da operação Bullish é a empresa JBS, dos empresários Joesley e Wesley Batista. A Polícia Federal faz buscas na empresa e leva coercitivamente para depor pessoas envolvidas nos aportes bilionários que o Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, realizou para que as empresas da família Batista se tornassem a maior produtora e comercializado de proteína animal do mundo.
Segundo a PF, os aportes do banco público foram realizadas após a contratação de empresa de um político. Por conta disso, as operações de desembolso dos recursos públicos teriam tido tramitação recorde.
O BNDESPar tem mais de 581 mil ações da JBS, ou cerca de 21% em participação na empresa. Segundo a PF, os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de R$ 8,1 bilhões.
Nesse período, os principais investimentos do banco público tiveram como objetivo apoiar a expansão da JBS. Um dos maiores aportes foi utilizado para a compra de R$ 3,5 bilhões em debêntures para fortalecer o caixa da empresa com a compra da americana Pilgrim’s e com a incorporação da Bertin S.A.
O caso da Bertin SA já estava na mira dos investigadores uma vez que há indícios de participação do operador Lúcio Funaro na transação.