quarta-feira, 17 de maio de 2017

Em Nova York, Doria é saudado como possível candidato

Mike Bloomberg, ex-prefeito de New York e o prefeito de São Paulo, João Dória
Doria com o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg

Reprodução/Facebook/joaodoria



CATIA SEABRA, PAULO GAMA e MARCOS AUGUSTO GONÇALVES - Folha de São Paulo



Na noite desta terça-feira (16), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi homenageado em jantar de gala, em Nova York, numa cerimônia que marcou a entrega do prêmio Homem do Ano ("Person of the Year"), oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

O evento teve ares de apoio à candidatura do tucano à Presidência, em 2018.
Em discurso para cerca de mil convidados, Doria citou repetidamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também presente ao evento, e atacou o ex-presidente Lula "e asseclas", ocasião em que foi aplaudido.

As menções a Alckmin não estavam em versão de seu discurso apresentada por sua assessoria. Durante a tarde, Doria havia defendido, em entrevista à agência Bloomberg, que a escolha do candidato do PSDB ao Planalto fosse feita por meio de um processo interno da sigla. Questionado se aceitaria a indicação do partido, respondeu: "Respeitando a democracia, por que não?. A frase foi motivo de conversas entre os presentes.

O publicitário Nizan Guanaes leu uma carta na qual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que o prefeito paulistano tem "inegável capacidade de comunicação". "Gestos e palavras são meios adequados para ser a chave da política contemporânea", escreveu o ex-presidente.

Guanaes acrescentou que Doria não é apenas o homem do ano, "mas o homem dos anos que estão por vir". Foram exibidos vídeos da vitória na eleição municipal do ano passado. O presidente Michel Temer também enviou uma saudação pelo prêmio.

O jantar reuniu pesos-pesados do setor financeiro, como Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Roberto Setubal, acionista e presidente do Conselho do Itaú, e Sérgio Rial, presidente do Santander no Brasil. Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, também participou da homenagem.

Em sua fala, Doria prometeu uma "grande virada" na cidade a partir da efetivação de seu amplo programa de privatizações. Entre os bens que podem ser vendidos ou concedidos à iniciativa privada citou "autódromo, centro de convenções, serviço funerário, mercados municipais, terminais de ônibus, estádio de futebol, terrenos e propriedades inúteis".

"Esperamos arrecadar mais de US$ 2,5 bilhões com a venda e concessão desses ativos", estimou. O tucano assumiu o compromisso de destinar os recursos a um fundo municipal voltado para investimentos "prioritariamente em saúde, educação, habitação popular, serviços e obras para a cidade".





O jornalista PAULO GAMA viajou a convite do Lide