Monica Moura, a sétima mulher do marqueteiro de Dilma,
é a responsável pelas finanças do casal. Elegante e
sofisticada, planejava um período sabático em
Nova York antes da prisão
"Se você precisar arrastar um rochedo para uma filmagem, a Monica dá um jeito de arrastar." A definição, de um publicitário que trabalhou com Monica Moura, resume o estilo da sétima mulher do marqueteiro João Santana - e a importância que ela tem em sua vida e seus negócios.
No fim de 2015, com a Lava-Jato já a todo o vapor e a presidente Dilma Rousseff mergulhada na crise, o casal ainda tratava com um misto de ironia e indignação as primeiras investigações da Polícia Federal sobre seus negócios. Fazia planos para um período sabático neste ano. Monica era a maior entusiasta da ideia de passar um tempo estudando em Nova York, onde os dois têm um apartamento.
Decidida, falante e sempre aparentando bom humor, ela queria tirar o marido do turbilhão da política brasileira. Dizia preocupar-se com a saúde de Santana, que deu um susto na família com um mal-estar em plena campanha de 2014.
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A dinâmica que o casal mostra socialmente combina com a narrativa de defesa que adotou: Santana brinca que não sabe quanto uma campanha custa, pois é a mulher quem paga as contas. De fato, Monica é ciosa da própria importância nos negócios: diz que cuida dos problemas burocráticos para que o marido brilhe na criação.
Os dois adoram viagens, bons restaurantes e vinhos caros, e compartilham o drinque favorito: dry martini. Ela está sempre impecável, de cabelo escovado e com bolsas caras. Frequenta exposições e galerias de arte e é assídua nas redes sociais.
Cada um tem dois filhos dos casamentos anteriores e netos, que chamam de "os meus, os seus e os nossos". Nove anos mais nova que ele, é Monica a ciumenta do casal. Santana, ex-mulherengo, afirma não ver razão para isso. "Ela é a mulher da minha vida", costuma dizer.