domingo, 28 de dezembro de 2014

"O PT do Rio quer apito", por Ilimar Franco

O Globo



          A direção petista do Rio nega que está pressionando a presidente Dilma, mas reconhece que trava luta interna para fazer um ministro. Alega que contribuíram para Dilma vencer no estado. Seu presidente regional, Quaquá, e o vice nacional, Alberto Cantalice, apresentaram para o presidente do partido, Rui Falcão, o nome do deputado Chico D’Angelo para qualquer ministério.
Não dá para São Paulo, onde perdemos, ter nove ministros; e o Rio, onde vencemos no estado, na capital e na Região Metropolitana, não ter nenhum” 

Alberto Cantalice 
Vice-presidente nacional do PT, sobre o Ministério
CUT endossa críticas dos tucanos
A maior central sindical do país, a CUT, que é controlada pelo PT, está organizando um ato político em Brasília no dia da posse da presidente Dilma. Os cutistas vão comemorar a vitória e repudiar as tentativas de desestabilizar o governo eleito. Mas, em sua última resolução política, a entidade chancela críticas do PSDB de que o governo Dilma está rasgando seu programa. O documento diz que: “reiteramos nossa posição contra propostas de ajuste fiscal contrárias ao programa que venceu as eleições presidenciais”. A CUT também reprova a elevação da taxa de juros adotada pelo BC, por ser “ineficaz” para combater a inflação e por reduzir investimentos.
Efeito bumerangue
Nas vésperas do Natal, o Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, publicou o artigo “Estelionato Eleitoral em 13 Atos”. O texto enumera ações da presidente Dilma que contradizem seu discurso eleitoral. E concluem que ela faz o que dizia que eles fariam.
No fim da linha 
Na despedida do Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu sua principal proposta: a renda básica da cidadania. Rebatizada de Fundo Brasil de Cidadania, após 24 anos de mandato, ela foi aprovada no Senado, mas está na gaveta da Câmara. Ele contou que tentou ir ao ministro da Fazenda, mas Joaquim Levy não o recebeu, alegando imprevisto.
A interrogação
Há entre os analistas políticos avaliação de que mesmo que seja melhor que o atual, o novo Ministério da presidente Dilma está aquém das necessidades. Há dúvidas se ele vai dar conta de um ano difícil na economia e de ajuste fiscal.
O alvo é a Rússia
Ampliar as exportações para a Rússia é uma das metas da futura ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Aquele mercado, que importa 40% dos alimentos que consome, está aberto ao Brasil por conta do embargo a União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A CNA avalia que o agronegócio não será afetado pela crise mundial.
Bancada pulverizada
São candidatos a líder do PMDB na Câmara: Lúcio Vieira Lima (BA), Leonardo Picciani (RJ), Danilo Forte (CE), Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (PI). Desses, somente o deputado Marcelo Castro apoiou a presidente Dilma nas eleições.
Menos médicos
Reportagem do Bom Dia Brasil mostrou a ausência de médicos nos hospitais públicos de Brasília, no plantão do dia do Natal. Usuários tiveram de recorrer à rede privada. As entidades de médicos não divulgaram nota de protesto.
O ministro José Múcio, citado em especulações sobre o novo Ministério da presidente Dilma, não troca o TCU por uma embaixada nem vai se aposentar.