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Turistas aproveitam preços promocionais, com descontos que chegam a 80%. Comerciantes até procuram empregados que falem português
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Mesmo com o dólar alto, brasileiros lotam um centro de compras próximo à cidade de Nova York.
A uma hora e meia de Manhattan, um dos paraísos de consumidores ávidos por descontos. Logo cedo ônibus de excursão chegam trazendo milhares de turistas. Oito em cada dez pessoas que passam pelo local são de outros países. Lee veio da China e trouxe uma mala vazia para encher até o fim do dia.
“É mais cômodo”, diz ele.
São 220 lojas de marcas de grife que vendem coleções passadas a preços promocionais. E entre Natal e Ano Novo ainda dá para conseguir um desconto extra, alguns chegam a 80%.
Este é um dos dias mais movimentadas do ano para o centro de compras. Em alguns anos as vendas que acontecem entre Natal e Ano Novo chegam a superar a Black Friday, a tradicional liquidação americana, que acontece na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças..
Um casal chegou cedo para evitar fila.
E as filas em frente às lojas são várias e são enormes. Aria veio do Egito e encara a espera com sorriso no rosto: “É a época perfeita para comprar, eu amo”, afirma.
Tem gente que veio só acompanhar. O engenheiro Mauricio Neves é um deles: "Estou esperando os doidos fazerem compras. A esposa, o filho, o sobrinho. Vieram empolgados aqui para outlet", diz.
Apesar de a cotação do dólar ter subido quase 20% desde agosto frente ao real, a diretora comercial do shopping diz que os brasileiros ainda estão entre os principais clientes. “Por isso nós também fazemos anúncios em português e contratamos pessoas que saibam falar a língua", diz ela.
Foi um dos motivos que fizeram Fernando Sara ganhar o emprego de auxiliar de informações ao cliente. Ele é filho de mãe brasileira e pai peruano. E tem trabalhado muito. “Eu fiquei muito contento com as coisas que aconteceram nesse ano”, diz.
Uma família de São Paulo chegou animada, apesar do dólar caro. Veio de mala vazia, trazendo só uma cobertinha. “É para mim porque sair do Brasil 36° e chegar aqui nesse frio não dá”, conta uma delas. “A gente pretende levar essa mala bem cheia. Vamos ver. Vamos aproveitar as liquidações", completa a outra.
Jornal Nacional: E se não couber tudo nesta mala?
Brasileira: Vamos comprar outra, que também tem promoção de mala.