Declaração foi feita depois de bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky
O empresário Elon Musk manifestou, no sábado 1º, seu apoio à saída dos Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Em uma postagem no X, Musk endossou a sugestão do usuário @GuntherEagleman, que escreveu: “É hora de deixar a Otan e a ONU”.
Musk compartilhou o tuíte e acrescentou: “Eu concordo”.
Musk é um aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), que já questionou o valor da OTAN em ocasiões anteriores. Trump tem incentivado os países membros a aumentarem os gastos com defesa.
Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental, tem como objetivo reduzir os gastos federais, já tendo desmantelado várias agências.
Encontro em Londres discute futuro de aliados da Otan
No mesmo dia da declaração de Musk, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reuniu-se em Londres com líderes de 14 países europeus e do Canadá, todos aliados da OTAN. O encontro focou no futuro da defesa europeia e nas necessidades de um acordo de paz, além de discutir o apoio dos países à Ucrânia.
A declaração de Musk ocorre em meio a tensões dentro da Otan. Kaja Kallas, alta representante europeia para a diplomacia e segurança, afirmou recentemente que “o Ocidente precisa de um novo líder”, depois um desentendimento entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca.
Secretário da organização pede a Zelensky que restabeleça diálogo com Trump
O secretário-geral da Otan, Mark Rutter, pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que restabeleça o diálogo com Donald Trump.
A solicitação foi feita durante entrevista à BBC, no sábado 1º, depois de um encontro tenso na Casa Branca, que evidenciou o agravamento das relações entre Kiev e Washington.
Rutter descreveu o encontro como “infeliz” e afirmou que a relação entre os dois países chegou ao seu pior momento. Ele mencionou ter se reunido duas vezes com Zelensky depois do episódio, aconselhando-o a “dar crédito a Trump”.
Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos forneceram mísseis antitanque Javelin à Ucrânia em 2019, um gesto que Rutter destacou como crucial durante a invasão russa em 2022.
Revista Oeste