domingo, 2 de março de 2025

Elon Musk apoia saída dos Estados Unidos da Otan

Declaração foi feita depois de bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky


Elon Musk e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump | Foto: Reuters/Brandon Bell 

O empresário Elon Musk manifestou, no sábado 1º, seu apoio à saída dos Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Em uma postagem no X, Musk endossou a sugestão do usuário @GuntherEagleman, que escreveu: “É hora de deixar a Otan e a ONU”. 

Musk compartilhou o tuíte e acrescentou: “Eu concordo”

Musk é um aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), que já questionou o valor da OTAN em ocasiões anteriores. Trump tem incentivado os países membros a aumentarem os gastos com defesa. 

Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental, tem como objetivo reduzir os gastos federais, já tendo desmantelado várias agências. 

Encontro em Londres discute futuro de aliados da Otan


Sede da Otan | Foto: Divulgação/Otan

No mesmo dia da declaração de Musk, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reuniu-se em Londres com líderes de 14 países europeus e do Canadá, todos aliados da OTAN. O encontro focou no futuro da defesa europeia e nas necessidades de um acordo de paz, além de discutir o apoio dos países à Ucrânia. 

A declaração de Musk ocorre em meio a tensões dentro da Otan. Kaja Kallas, alta representante europeia para a diplomacia e segurança, afirmou recentemente que “o Ocidente precisa de um novo líder”, depois um desentendimento entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca. 

Secretário da organização pede a Zelensky que restabeleça diálogo com Trump 

O secretário-geral da Otan, Mark Rutter, pediu ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que restabeleça o diálogo com Donald Trump. 

A solicitação foi feita durante entrevista à BBC, no sábado 1º, depois de um encontro tenso na Casa Branca, que evidenciou o agravamento das relações entre Kiev e Washington.

Rutter descreveu o encontro como “infeliz” e afirmou que a relação entre os dois países chegou ao seu pior momento. Ele mencionou ter se reunido duas vezes com Zelensky depois do episódio, aconselhando-o a “dar crédito a Trump”. 

Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos forneceram mísseis antitanque Javelin à Ucrânia em 2019, um gesto que Rutter destacou como crucial durante a invasão russa em 2022.

Revista Oeste