Entre medidas que aumentaram a carga tributária estão novos impostos sobre fundos de investimento e reoneração de tributos sobre combustíveis
A carga tributária brasileira aumentou 2,06 pontos percentuais (p.p.) em 2024 e chegou em 32,32% do Produto Interno Bruto (PIB). É o maior nível da série histórica, que iniciou em 2010.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo Tesouro Nacional no Boletim de Estimativa da Carga Tributária.
A carga tributária bruta (CTB) do governo geral reúne os dados do governo central, governos estaduais e municipais.
A estimativa corresponde à razão entre o total dos tributos arrecadados pelas três esferas de governo e o PIB.
A maior alta dos impostos veio pela tributação federal, uma alta de 1,5 ponto percentual, enquanto os Estados aumentaram 0,45 ponto; e os municípios, 0,12 ponto.
Entre as medidas que provocaram o maior aumento está “o aumento de 0,50 p.p. do PIB nos Impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital, com destaque para o Imposto sobre a renda retido na fonte (IRRF), influenciado positivamente pela tributação de fundos de investimentos (Lei nº 14.754/23)”.
A reoneração de tributos federais sobre combustíveis também influenciou o aumento, com um incremento de 0,81 p.p. do PIB nas receitas com impostos sobre bens e serviços, como PIS e Cofins.
Haddad criticado pelo aumento da carga tributária
Desde o primeiro ano do terceiro mandato do governo Lula o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está sendo alvo de fortes críticas por causa desse aumento.
Haddad já se tornou meme nas redes sociais com o apelido de “Taxxad”, em referência aos impostos criados nos últimos anos.
Revista Oeste