Estrelado por Will Smith, “À Procura da Felicidade” é uma boa sugestão de filme para o feriado| Foto: Columbia Pictures/Divulgação
Nesta segunda-feira, o Dia do Trabalho (ou Dia do Trabalhador, Dia Internacional dos Trabalhadores) é celebrado em diversos países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Como é certo que nenhum leitor da Gazeta do Povo aproveitará o 1º de maio nos comícios da CUT ou da Força Sindical, preparamos uma lista de cinco filmes que caem muito bem para serem vistos na data. São obras que tratam de questões trabalhistas envolvendo sindicatos e burocracia, de luta de classes e da dignidade que a labuta diária garante ao cidadão. O trabalho enobrece. E o ócio, quando leva a reflexões, pode ser ainda mais salutar.
Sindicato de Ladrões (1954)
Clássico em preto e branco estrelado por Marlon Brando, Sindicato de Ladrões segue a história de um ex-pugilista que trabalha como braço direito de um chefão do sindicato dos estivadores no porto de Nova York. O personagem se vê dividido quando se apaixona pela irmã do líder sindical e testemunha um assassinato cometido pelos próprios membros do sindicato. Ele decide lutar contra a corrupção do grupo e enfrentar o sistema, colocando sua vida e seu amor em risco. O longa dá um ótimo pontapé no debate de temas como justiça social, coragem e a luta pela verdade em uma sociedade corrompida.
Onde assistir: disponível para locação na Apple TV+
À Procura da Felicidade (2006)
Baseado na história real do milionário Chris Gardner, À Procura da Felicidade acompanha o drama de um vendedor ambulante que luta para se estabelecer. Após perder sua esposa e seu emprego, Chris (vivido por Will Smith) é obrigado a viver nas ruas com seu filho pequeno. Determinado a mudar sua situação, ele aceita um estágio não-remunerado em uma corretora de valores, lutando para se destacar em meio a seus colegas mais experientes. Com perseverança e trabalho duro, Chris enfrenta todos os desafios para construir uma nova vida para ele e seu filho. Trata-se de uma inspiradora história de superação e resiliência, que afirma que a felicidade pode ser encontrada em meio às maiores adversidades.
Onde assistir: Netflix e HBO Max
Dois Dias, uma Noite (2014)
O drama dos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne parte de uma premissa insólita: Sandra é demitida da firma porque seus colegas tiveram de escolher entre receber um bônus salarial ou seguir com a colega no time. Mas Sandra tem uma chance de reverter a situação. Ela ganha um fim de semana para visitar os funcionários e convencê-los a mudar de ideia. Nesses embates delicadíssimos, brilha a estrela da atriz francesa Marion Cotillard, que já possuía um Oscar em sua estante (por viver Edith Piaf) quando aceitou o convite dos irmãos Dardenne. A chaga do desemprego na Europa e o individualismo poucas vezes foram tão bem retratados no cinema.
Onde assistir: Prime Video
Eu, Daniel Blake (2016)
Apesar de ser um socialista declarado, o britânico Ken Loach está sempre batendo na inoperância e nas burocracias do estado em seus filmes. No aclamado Eu, Daniel Blake, ele narra a saga de um trabalhador que precisa dos benefícios do governo para sobreviver após passar por um problema cardíaco. Para viver o protagonista, Loach escalou Dave Johns, um comediante de pouca fama que nunca havia encarado um papel dramático. E seu desempenho é brilhante, seja em cenas melancólicas, seja nos momentos em que o personagem exibe sua falta de intimidade com os computadores na hora de preencher formulários (ele chega a passar o mouse na tela).
Onde assistir: Globoplay, HBO Max e Prime Video
O Irlandês (2019)
Dirigido por Martin Scorsese e estrelado pelas feras Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, O Irlandês acompanha a vida de Frank Sheeran, um veterano da Segunda Guerra Mundial que se torna um assassino de aluguel da máfia. Ao longo da trama, o longa aborda a corrupção sindical e a influência da máfia nos sindicatos dos caminhoneiros, que resulta em esquemas de desvio de dinheiro e suborno. Frank se envolve nesse mundo obscuro e se torna amigo do líder sindical Jimmy Hoffa, interpretado magistralmente por Pacino, mas acaba tendo que escolher entre a lealdade à máfia e a amizade com o sindicalista. São três horas e meia que passam voando.
Onde assistir: Netflix
José Flávio Júnior e Erich Thomas Mafra, Gazeta do Povo