segunda-feira, 27 de março de 2023

Ibovespa fecha em menos de 100 mil pontos pelo 3º pregão seguido

Derrocada do indicador ocorreu em meio aos ataques de Lula ao presidente do Banco Central

Ibovespa é principal índice da B3
Ibovespa é principal índice da B3 | Fonte: Jan Vašek/Pixabay

Apesar de registar alta próxima a 1%, o Ibovespa fechou em menos de 100 mil pontos pelo terceiro pregão seguido. O indicador é o principal da Bolsa de Valores do Brasil. O dólar encerrou o dia valendo R$ 5,20 (queda de quase 1%).

O retorno do Ibovespa ao patamar abaixo de 100 mil pontos ocorreu na última quinta-feira, 23. O indicador não fechava nesse nível desde julho de 2022. A derrocada do índice ocorreu em meio às incertezas fiscais na esteira do governo Lula e os ataques do petista à política monetária adotada por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Campos Neto conta com reconhecimento internacional em razão das medidas tomadas durante a pandemia. Em 2022, o Brasil fechou com uma inflação menor que a de países como os Estados Unidos.

Melhora do Ibovespa hoje

Para a melhora do Ibovespa hoje, ajudaram a alta das petroleiras Petrobras (1,5%), Prio (4,5%) e 3R Petroleum (1,9%), bem como o desempenho dos bancos Itaú e Bradesco, que tiveram valorização de 1,7% e 1,8%, respectivamente. Além disso, os papéis da Raízen e da Braskem registraram ganhos de quase 4%.

No Brasil, todas as atenções dos investidores estão voltadas para o projeto para o novo arcabouço fiscal. O mercado aguarda o texto para avaliar o quanto ele é aplicável e como o governo pretende fazer frente ao aumento dos gastos. A apresentação havia sido adiada em razão da viagem que Lula faria à China. Contudo, a visita à China foi remarcada, abrindo espaço para a possibilidade da apresentação da proposta.

Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos fecharam em alta Dow Jones (0,6%) e S&P 500 (0,2%). A Nasdaq, entretanto, terminou com queda de 0,5%. No mercado de valores norte-americanos, o setor bancário trouxe boas notícias aos investidores.

O First Citizens fechou a compra do Silicon Valley Bank (SVB), que quebrou há cerca de duas semanas. O negócio foi fechado do domingo para a segunda-feira. A transação envolveu uma venda de US$ 119 bilhões em depósitos e US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com um desconto de US$ 16,5 bilhões, de acordo com o Money Times.

Revista Oeste