O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado pela sétima vez no âmbito das investigações da Lava Jato, a uma pena de seis anos, seis meses e 22 dias de prisão, pelo juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Nesta ação, ele foi acusado de ter intermediado pagamento de R$ 2,4 milhões feito à Gráfica Atitude, a pedido do PT, pelas empresas Setec e SOG Óleo e Gás, do empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos primeiros delatores da Lava Jato.
Das seis sentenças proferidas anteriormente pela 13ª Vara Federal de Curitiba, uma foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Os desembargadores concluíram que a sentença havia sido baseada exclusivamente em depoimentos prestados por colaboradores da Lava Jato, sem provas materiais.
Vaccari foi preso em abril de 2015 e deixou a prisão em setembro de 2019.
Ele foi beneficiado por indulto natalino assinado pelo então presidente Michel Temer (MDB) em 2017, que reduziu em 24 anos a soma das penas do petista na Lava Jato.
Na sentença divulgada nesta segunda-feira, também foi condenado o ex-diretor da área de serviços da Petrobras, Renato Duque.
A pena foi de 3 anos, sete meses e 22 dias, a ser cumprida em regime aberto.
O juiz reduziu o tempo da pena em um terço porque Duque passou a colaborar com a Lava Jato, apesar de não ter conseguido fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Vaccari e Duque são integrantes da organização criminosa do Lula, condenado a mais de 30 anos de cadeia, mas ainda em liberdade por decisão de seus companheiros do STF.
Edilson Salgueiro, Revista Oeste