“Faremos o maior programa de distribuição de riqueza. E não de renda”, garantiu o ministro da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na terça-feira 1º dividir com os brasileiros mais pobres parte do lucro de estatais que não forem privatizadas. Dessa forma, a ideia é remanejar os recursos para o Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa Família.
“Se uma pessoa trabalhou e ganhou R$ 500, vamos lá e depositamos mais R$ 100 como imposto de renda negativo. É melhor que dar R$ 200 em um programa social passivo. Temos uma rampa de ascensão social desenhado, mas não temos o dinheiro para um programa de imposto de renda negativo”, afirmou o ministro em audiência pública na comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de combate à pandemia de covid-19.
Conforme o ministro, está em estudo a criação de um Fundo Brasil com cotas do capital de estatais que não estão nos planos de privatização, como a Caixa Econômica Federal e a Petrobras.
Para Guedes, isso se chama “dividendo social”. Anualmente, as companhias públicas vão destinar uma parte do lucro a esse fundo, que, portanto, bancará uma complementação de renda para os beneficiários do Renda Brasil.
“Em vez de a União receber R$ 25 bilhões no fim do ano em dividendos, vamos receber R$ 24 bilhões e R$ 1 bilhão vai para os brasileiros mais frágeis. Faremos o maior programa de distribuição de riqueza. E não de renda”, garantiu Guedes.
O Renda Brasil ainda está em discussão no governo Jair Bolsonaro.
Quer saber mais sobre estatais? Leia “O custo da ineficiência”, reportagem publicada na edição n° 2 de Oeste
Cristyan Costa, Revista Oeste