terça-feira, 14 de julho de 2020

Economia do país cresce 1,3% em maio, primeira alta desde o início da pandemia provocada pelo vírus chinês

IBC-Br apresentou alta de 1,31% na comparação com abril, na série já ajustada sazonalmente. Dados do BC sugerem a retomada do crescimento

A crise resultante da pandemia provocada pelo vírus chinês fez a atividade econômica no Brasil despencar 11,43% em apenas três meses, de março a maio, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Banco Central. No período, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) passou de 139,84 pontos para 120,42 pontos.
Esse é o maior recuo porcentual para um período de três meses em toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 2003. Nem na crise fiscal de 2015 e 2016 ou na turbulência global de 2008 o Brasil registrou uma queda tão intensa da atividade econômica em um período de três meses.
O intervalo de março a maio corresponde ao de maior isolamento social nas cidades brasileiras, que impactaram a atividade econômica nos mais diversos setores. Na visão do governo, porém, o pior momento já passou. Os dados do BC de fato sugerem um início de retomada.
Apenas no mês de maio, o IBC-Br apresentou alta de 1,31% na comparação com abril, na série já ajustada sazonalmente. A alta é a primeira registrada desde fevereiro, quando houve elevação de 0,35% na atividade, considerando a série com ajustes sazonais.

Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo