terça-feira, 22 de setembro de 2015

Quadrilha Lula-Dilma - Engevix já recebeu mais de R$ 18 milhões do governo em 2015

Dyelle Menezes - Contas Abertas


A Engevix foi o alvo da nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (21) pela Polícia Federal. Um dos donos da empresa, José Antunes Sobrinho, foi preso preventivamente. Ao todo, a empresa já recebeu R$ 18,2 milhões do governo federal neste ano. A maior parcela dos recursos foi para obras e instalações. No entanto, também se destinou a serviços de consultoria.


Policia-Federal-Lava-Jato


Do total, R$ 16,9 milhões foram destinados à obras e compra de equipamentos, isto é, investimentos. A empresa recebeu R$ 11,3 milhões do Ministério da Integração para tocar a obra de transposição do Rio São Francisco com as Bacias dos Rios Jaguaribe, Piranhas-Açu e Apodi (Eixo Norte).

Outros R$ 2,9 milhões foram pagos pela Valec para a construção da ferrovia Norte-Sul no trecho goiano que vai do município de Ouroverde de Goiás ao de São Simão. Já o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) repassou R$ 291,3 mil para a adequação do entroncamento em Governador Valadares e do entroncamento MG-020, em Minas Gerais.

O Dnit ainda pagou R$ 2,4 milhões para que a empresa realizasse a adequação de trecho rodoviário no município de Palhoça, na divisa em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


A empresa também recebeu R$ 1,3 milhão por serviços de consultoria prestados ao Ministério de Minas e Energia. Por meio da Empresa da Pesquisa Energética, a Engevix participou da ação de estudos de inventário e viabilidade para expansão da Geração Hidrelétrica.

A Polícia Federal deflagrou a 19ª fase da Operação Lava Jato em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (21). Serão cumpridos 11 mandados judiciais, sendo um de prisão temporária, um de preventiva, sete de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A nova etapa foi batizada de “Nessum Dorma”, que significa “ninguém dorme”.

José Antunes Sobrinho foi preso por ser suspeito de ter pago R$ 140 milhões de propina da empresa para a Eletronuclear. Sobrinho foi preso em casa, em Florianópolis. O executivo já é réu da Lava Jato e responde pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, os trabalhos desta etapa são considerados avanços das etapas anteriores – 15ª, 16ª e 17ª. Um dos focos da 15ª é com um denunciado e empreiteiras já investigadas na operação.
“Apura-se que pessoas tenham intermediado pagamento de vantagens indevidas e agentes públicos e políticos no exterior, em decorrência de contratos celebrados na diretoria Internacional da Petrobras”, afirma a PF.

Ainda segundo as apurações, foi verificado que uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhões, entre 2007 e 2013, de empreiteiras já investigadas na operação. O pagamento teria origem de proprinas obtidas em contratos com a Petrobras.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.

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