Daniel Carvalho - O Estado de São Paulo
Planalto havia prometido a deputados peemedebistas, além da Saúde, pasta da Infraestrutura, fusão entre Aviação Civil e Portos
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), ameaça retirar as indicações apresentadas à presidente Dilma Rousseff caso haja alteração nas ofertas ministeriais feitas à bancada do partido no início da semana.
O Planalto havia prometido aos deputados peemedebistas o Ministério da Saúde e o da Infraestrutura, nova pasta que surgiria a partir da fusão entre Aviação Civil e Portos. No entanto, o governo reavalia a fusão para manter Eliseu Padilha na Aviação Civil e alocar Helder Barbalho nos Portos, já que seu Ministério da Pesca deve ser anexado ao Ministério da Agricultura, comandado pela também peemedebista Kátia Abreu.
"Se modificar, vou tirar todas as indicações e reunir a bancada novamente", disse Picciani ao Estado nesta quinta-feira, 24.
Além disso, há outra polêmica envolvendo as indicações ministeriais da bancada peemedebista da Câmara. O governo quer contabilizar a manutenção do ex-presidente da Casa Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na cota da bancada comandada por Picciani. Os deputados, no entanto, não abrem mão de indicar dois ministros. Aceitariam Henrique Alves na sua cota apenas se tiverem direito a três indicações.
Nomes. Na manhã de quarta-feira, 23, Picciani entregou a Dilma a lista de sugestões com sete nomes. Para Infraestrutura, os peemedebistas da Câmara indicaram José Priante (PA), Mauro Lopes (MG), Celso Pansera (RJ) e Newton Cardoso Júnior (MG). Para a Saúde, foram indicados Saraiva Felipe (MG), Manoel Júnior (PB) e Marcelo Castro (PI). Os mais cotados são Priante e Manoel Júnior.
A presidente havia se comprometido com Picciani a divulgar sua escolha nesta quinta, mas o anúncio só deve acontecer na próxima semana.