quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Delação da Andrade Gutierrez está ligada a acordo de leniência

Mônica Bergamo - Folha de São Paulo


A possibilidade de executivos da Andrade Gutierrez aderirem à delação premiada faz parte de um pacote: o interesse maior da empresa seria, depois disso, fechar um acordo de leniência com o governo. Com ele, tentaria se livrar do risco de, no futuro, ser impedida de fazer obras para o poder público em todo o país.

CARTÃO DE VISITA
A ideia ainda está em estudo. O presidente da empreiteira, Otavio Azevedo, preso em Curitiba, recebeu advogados que explicaram a ele, na semana passada, as consequências de aderir à delação. A visita, e a informação de que o escritório de Celso Vilardi, responsável pelo acordo de leniência da Camargo Corrêa, estaria sendo contratado pela Andrade, repercutiu entre advogados de outros réus do escândalo.

NÃO E NÃO
Vilardi afirma que não foi contratado pela empresa. A companhia diz: "O Grupo Andrade Gutierrez nega que seus executivos estejam aderindo à delação premiada. A AG também não fez nenhum acordo de leniência".

ELA DISSE
Descartada há alguns dias, a ideia de unir os ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos voltou à pauta da presidente Dilma Rousseff. Ministros do PT vão tentar demovê-la. Um deles diz que a medida abriria "uma guerra"com o partido e com movimentos sociais. E que Dilma entraria para a história como a presidente mulher que fulminou justamente o ministério da mulher.

ELE DISSE
O mesmo ministro pondera que seria menos traumático, por exemplo, retirar da AGU (Advocacia-Geral da União) e da CGU (Controladoria-Geral da União) o status de ministério.

QUE CONSIDERAÇÃO
O ministro Arthur Chioro, da Saúde, soube que estava com a cabeça a prêmio pela imprensa. A equipe dele mobilizou amigos para que prestassem solidariedade. A pasta pode ir para o PMDB.