quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

‘Não existe passar a mão na cabeça de quem errou’, diz Flávio Bolsonaro sobre caso de ex-assessor alvo do Coaf

Flávio Bolsonaro, deputado estadual no Rio e senador eleito pelo PSL Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo/25-10-2018
Flávio Bolsonaro, deputado estadual no Rio e senador eleito pelo PSL Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo/25-10-2018

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, publicou um texto em suas redes sociais comentando o caso de um ex-assessor de seu gabinete que apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ) movimentando R$ 1,2 milhão. Entre as movimentações feitas por Fabrício Queiroz está um depósito de R$ 24 mil para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro , além de diversos saques em espécie.

"Mantendo nossa coerência de sempre, não existe passar a mão na cabeça de quem errou. Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor", publicou o senador eleito.

Flávio Bolsonaro reclama da mídia dizendo haver "uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro". Diz que as movimentações seriam de R$ 600 mil, que entraram e saíram da conta do assessor, mas reconhece que mesmo assim trata-se de um valor alto, visto que o salário de Queiroz na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) era de R$ 8,4 mil. O parlamentar afirma que o ex-assessor tomou a decisão de falar apenas com o Ministério Público.
"Basta ver como abordam a movimentação na conta de meu ex-assessor, como se ele tivesse recebido R$ 1,2 milhões, quando na verdade foram R$ 600 mil que entraram mais R$ 600 mil que saíram de sua conta. Ainda assim um valor alto e que deve ser esclarecido por ele, que tomou a decisão de não falar com a imprensa e somente falar ao Ministério Público. Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo", afirma.
O senador eleito afirma ficar "angustiado" com a situação e diz ter interesse que tudo se esclareça rápido para não haverem mais dúvidas sobre sua idoneidade.
"Fico angustiado, querendo que tudo se esclareça logo e não paire mais nenhuma dúvida sobre minha idoneidade, pois garanto a todos que não dei e nunca darei motivos para isso. Não vou decepcionar ninguém, confiem em mim. Se Deus quiser, tudo será esclarecido em breve", conclui Flávio Bolsonaro.

Eduardo Bresciani, O Globo