O Estado de S. Paulo
Morreu neste sábado, 9, no Rio, aos 79 anos, o escritor, jornalista e roteirista gaúcho Luiz Carlos Maciel. Nascido em Porto Alegre, em 1938, Maciel ficou conhecido como guru da contracultura brasileira no fim da década de 1960, quando escrevia sobre movimentos alternativos culturais para O Pasquim, jornal que ajudou a fundar.
Também diretor teatral, Maciel estava internado no Hospital Copa D'Or, no Rio, desde o dia 26 de novembro, em decorrência do agravamento do quadro infeccioso decorrente do enfisema, uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo sua filha Lúcia, ele morreu vítima de falência múltipla dos órgãos.
Como escritor, Maciel deixou 13 livros, entre eles, Samuel Beckett e a solidão humana, Sartre, vida e obra, Nova consciência, Geração em transe, memórias do tempo do tropicalismo, Dorinha Duval, em busca da luz (com Maria Luiza Ocampo), As quatro estações, Sol da Liberdade (com Patrícia Marcondes de Barros).
Como jornalista, atuou na Veja, Jornal do Brasil, Última Hora e Rolling Stone, além de O Pasquim, no qual mantinha a coluna Underground, que fazia enorme sucesso com seus temas alternativos. Como roteirista trabalhou durante 2o anos na Rede Globo, integrando grupos de criação de programas e de orientação de roteiros.