
O Globo
"O trabalho duro compensa". A frase que acompanha uma das fotos do ensaio feito para a revista "Health" no Instagram de Brooke Shields resume porque a atriz está em sua melhor forma aos 52 anos. Capa da edição de janeiro/fevereiro de 2018 da publicação, a norte-americana que cresceu sob os holofotes - seu primeiro trabalho como modelo foi aos 11 meses de idade - revela, no entanto, que seu corpo só passou a receber atenção após os 50 anos.

"Eu sempre tive dublês de copo nos filmes, então não me estressava, porque sabia que teria uma pessoa com um corpo maravilhoso no meu lugar", contou à "Health". "Mas desde que fiz 50 anos, há mais foco em relação à minha forma do que nunca". Na entrevista, a eterna estrela de "A lagoa azul" diz, ainda, que nunca foi muito magra, mas sempre gostou de sua estrutura mais atlética, apesar de a indústria da moda - onde começou a carreira - e do entretenimento não celebrarem esse tipo de forma.
Ainda assim, costumava optar por biquinis mais comportados, que cobriam todo o bumbum, até que levou uma bronca da filha mais velha, Rowan, de 14 anos. "'Ela disse: 'você não pode usar esse modelo, faz a sua bunda parecer muito maior. Assuma, mãe, você tem uma ótima bunda'", brincou Shields. "Ela encontrou modelos mais cavados para mim, e fiquei apavorada. Nas meu marido disse que ficou ótimo e que mostrar um pouco mais realmente valoriza o meu corpo".
Shields afirmou, ainda, que precisou passar por seis cirurgias - quatro nos pés e duas nos joelhos - e por um programa de reabilitação postural severo devido a lesões acumuladas dançando em espetáculos musicais. "Na Broadway, não há reabilitação para os dançarinos como acontece no mundo dos esportes. 'O show tem que continuar'", relatou.
Por causa das lesões, se exercitar virou uma prioridade para a atriz, que tinha uma relação "pesada" com a academia. Hoje, ela mantém a forma e a saúde treinando com um personal trainer e fazendo pilates. "É mais fácil para mim justificar que ir à academia é uma prioridade por causa das lesões. Se fosse apenas porque eu gosto, pareceria um luxo para mim, e eu me sinto culpada com esse tipo de luxo, pois existe um estigma sobre malhar ser algo para pessoas que não trabalham ou uma autoindulgência."
Quanto à alimentação, ela aposta no equilíbrio. "Somos ensinados a nos negar prazeres, mas a moderação é até mais difícil, pois exige que se assuma um compromisso. E tudo fica exponencialmente mais duro conforme envelhecemos. Cinquenta pode ser um número assustador para muitas pessoas."