quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Tchau crise! Setor de eletroeletrônicos registra melhora recorde

Maria Cristina Frias - Folha de São Paulo


Setembro foi o mês em que mais empresas da indústria eletroeletrônica registraram crescimento nos últimos três anos, segundo a Abinee (associação do setor).

Cerca de 56% das companhias tiveram alta nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2016. A última vez que esse patamar foi superado foi em fevereiro de 2014, quando chegou a 61%.

"Nos últimos dois meses já tínhamos notado uma melhora, mas até então classificávamos como algo pontual", diz Humberto Barbato, presidente da associação.

A capacidade ociosa também caiu: hoje, 75% das linhas de produção estão ocupadas. Esse percentual era de 69% em julho.

A projeção é que o faturamento do setor em 2017 cresça 4% e a produção física 3%, mas é possível que as expectativas sejam elevadas com base no resultado do próximo mês, afirma Barbato.

"Tivemos um aumento muito forte nos últimos quatro meses na parte de computadores. É um novo mercado [se comparado a 2016]", diz Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia.

Além da melhora no mercado interno, a companhia tem aberto operações em outros países da América do Sul e da África.

"Já temos fábricas em Ruanda e no Quênia. Nosso planejamento inclui a chegada a outros locais da região Centro-Sul do continente africano ainda neste ano e também em 2018", afirma o executivo.

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Oferta reprimida

A fabricante de eletroeletrônicos Multilaser vai aumentar sua capacidade produtiva em 2017, segundo Alexandre Ostrowiecki, presidente da companhia.

"Estamos com as linhas totalmente tomadas, com fila de produção", afirma.

A previsão é de um investimento de R$ 20 milhões para ampliar suas plantas em Minas Gerais e Amazonas.

"Passaremos a fabricar equipamentos automotivos e caixas de som em Manaus, e, em Extrema (MG), vamos iniciar a produção de eletroportáteis, com a entrada de liquidificadores, batedeiras e ventiladores", diz ele.

R$ 1,9 BILHÃO
é a receita estimada para 2017

2.500
são os funcionários

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Maioria dos gestores de fundos deverá aumentar aportes em ações

A inflação e taxa básica de juros caíram de 2016 para este ano, mas a alocação de investimentos de fundos de pensão quase não se alterou, aponta a consultoria Mercer.

O cenário deverá mudar em 2018, no entanto.

A maioria (53%) dos gestores pretende aumentar os aportes em renda no ano que vem. O restante deverá manter a porcentagem de recursos destinados às ações.
Os que planejam investir mais em renda fixa são 2%. Os que vão manter a fatia de seus recursos nessa aplicação representam 51% dos gestores, e 45% vão diminuir.

Os profissionais vão se adaptar a um cenário de mais volatilidade e risco, diz Lucas Schmidt, consultor da Mercer.

"As entidades são cautelosas e falam mais sobre diversificação, e não só aumento de exposição em Bolsa, porque há até mesmo um risco de retorno negativo."

Será mais difícil alcançar a meta atuarial em 2018 que nos últimos anos, diz Guilherme Leão, diretor-executivo da Abrapp (associação de previdência complementar).

"A oportunidade para os fundos de pensão de aproveitarem o fechamento da taxa de juros não vai mais acontecer. A gestão terá de ser mais precisa e mais complexa."

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Sempre lembrados

O Folha Top of Mind anuncia nesta segunda (30) as marcas que estão na cabeça dos brasileiros, segundo o Datafolha. A pesquisa realizou entrevistas com 7.344 pessoas.

Empresários de ao menos 54 marcas e 44 agências entre as maiores do país vão participar da premiação.

A entrega de prêmios será feita pelos atores Antonio Fagundes e Nathalia Dill.
O levantamento circula com a Folha nesta terça (31).
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Preparação para a reforma

Dois terços (67%) das empresas consultadas pela Korn Ferry Hay Group dizem estar em processo de adaptação às novas regras da legislação trabalhista, que entrarão em vigor no próximo dia 13.

A possibilidade de permitir que funcionários trabalhem à distância ("home office") foi citada por 48% das empresas como uma das mudanças sob análise.

Outras ações mencionadas foram a criação ou revisão dos planos de carreira e salários (47%), projetos de remuneração variável (47%) e estipulação de contratos individuais (37%).

O principal objetivo das mudanças citado pelas companhias foi o ganho de flexibilidade na gestão de empregados (71%), seguido por gestão de custo mais eficiente (66%) e maior engajamento dos funcionários (53%).

A consultoria ouviu 254 empresas de portes e áreas variadas. Cerca de 76% delas afirmam que a reforma trará benefícios, enquanto 22% dizem que terão dificuldades.
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Mulheres... O Brasil deveria estimular a participação das mulheres no mercado de trabalho, aponta estudo sobre poupança e aposentadoria na América Latina, feito pela gestora Blackrock em parceria com a ONU.

...e aposentadoria Garantir vagas em creches e reduzir a informalidade (que afeta mais as mulheres e bate 42% no país) aumentaria a inserção feminina no mercado e geraria aportes à Previdência, diz Axel Christensen, estrategista da gestora.

Um teto... A gestora de private equity VBI Real Estate assinou um acordo para investir R$ 150 milhões na ULiving, companhia de residências estudantis que hoje tem quatro operações, localizadas nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

...para estudantes O investimento tem duração prevista de 18 meses. O plano é abrir mais seis unidades neste intervalo de tempo, de preferência nas regiões Sul e Sudeste, afirma Rodrigo Abbud, sócio-fundador da VBI.

Carne forte A rede de restaurantes Mania de Churrasco prevê um investimento de
R$ 15 milhões no ano que vem para inaugurar pelo menos 15 unidades. Atualmente, a empresa conta com 46 operações em shoppings em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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com FELIPE GUTIERREZIGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS