sábado, 13 de maio de 2017

O método terrorista e superado usado nos emails por ‘Iolanda’

 Vilma Gryzinski - Veja


A Tia do Alvorada chegou atrasada nas comunicações “secretas” como emails rascunhados e emprego de palavras em código: Atta fez isso no 11 de Setembro


O World Trade Center era “arquitetura” nas mensagens escritas por Mohammed Atta, o chefe dos terroristas que derrubaram as Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.
O Pentágono era “arte” e a Casa Branca, único alvo não atingido, era “política”. Atta trocava as mensagens sigilosas com Ramzi Binalshibh através de um dos métodos mais antigos do mundo, usando palavras em código.
Atta, um egípcio radicado na Alemanha, estava no avião da American Airlines que sequestrou e pilotou até entrar como uma flecha mortífera na Torre Norte às 8 e 46 da manhã daquele dia. O iemenita Binalshibh continua passando uma temporada prolongada em Guantánamo.
“Descobri um vinho maravilhoso”, era uma das mensagens em código enviadas por “Iolanda” para sua cúmplice, avisando que havia um rascunho de email na conta que compartilhavam com a mesma senha. Era só entrar e pegar, “sem deixar rastros”, acreditavam.
Também falaram no “amigo doente” em estado terminal e na mulher que cuidava dele. Com câncer. Era o aviso da Lava-Jato batendo na porta e o insconsciente vindo atrás.
Os métodos rudimentares estão superados – embora, com a sofisticação dos sistemas de escuta e espionagem eletrônica, algumas vezes ser tosco ajude a camuflar comunicações criminosas.
Os terroristas hoje usam Telegram, Threema, Kik, Wickr. Jpegs, Gifs e outros mais comuns, como Facebook e WhatsApp, protegidos pela criptografia, também funcionam. Os realmente espertos não usam nada.
Osama Bin Laden sobreviveu durante dez anos usando nenhum celular – e uma muralha humana de proteção no Afeganistão e no Paquistão.
O que estarão pensando os jornalistas estrangeiros que escreveram sobre o movimento “perversamente sexista” que levou ao impeachment de “Iolanda”, a Tia, a capitã?
Michelle Bachelet, a presidente do Chile, que levou a mesma opinião numa entrevista em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, tem algo a comentar a respeito? Também choveu um dinheiro na horta de campanha de Bachelet, mas a senhora presidente continua a fazer cara de santa ou de paisagem.
E a ONG Criola, cuja diretora saltou para a Anistia Internacional amparada na mesma tese do impeachment movido a sexismo, machismo etc etc?
Quem vai anistiar os brasileiros do enxovalhamento a que foram arrastados pela traição vil dos que chegaram ao poder pelo voto? O que tem a Anistia Internacional a declarar?
Harvard, socorro, diga alguma coisa. A Tia foi recebida aí, com salamaleques e rapapés, mesmo quando já se sabia que tinha sua própria chave para entrar no caixa 2 e arrombar a honra nacional.
Agora, apareceram as sacolas de roupas e caixas de sapatos entregues em shoppings, cheias de dinheiro intermediado através da O. que tudo ganhava e tudo dava. Mas saído evidentemente do superfaturamento bancado por aquela gente toda dos shoppings.
Os profissionais que perderam bons empregos e hoje vagam com uma ferida invisível no peito que não pode ser curada. As faxineiras que limpam sujeirinhas dos lulus incontinentes dos riquinhos inconscientes. Os donos e vendedores de lojas sugadas pela maldição da Tia.
E até daqueles que acham um pavor entrar num shopping e colaborar com o capitalismo. Preferem estudar em ótimas escolas e trabalhar em ONGs dedicadas à legalização das drogas, com dinheiro bancado por milionários engajados na causa.
Os jovens, brilhantes e idealistas, que são o exemplo mais atual de como “a oligarquia brasileira coopta” há séculos seus minions – palavras de Antonio Candido. Não seria o momento certo para deixarem registrada alguma remota indignação?
E o “namorado” da Tia? O simpático professor, com um cargo tão importante na reputadíssima Brown University? Sim, aquele senhor que fala português muito bem, entende todas as nuances da política brasileira?
O mesmo que falou que a VEJA era “o mais descarado” dos meios de comunicação do Brasil, tão insuportável para suas finas narinas acadêmicas que não suportavam nem que se falasse “nisso”.
E, surpresa, surpresa, apareceu todo amável falando na VEJA, sobre sua admiração pela “mulher forte e independente”. Platônica, evidentemente, pois ele e o marido não gostam dessas fofocas.
Falando em péssimo senso de timing, e o New York Times, que deu uma longa reportagem sobre brasileiros em Queens, numa área conhecida como Little Brazil? Tem algo a comentar sobre o que a Tia e o Pavarotti fizeram com o Big Brazil?
Será que todos os ilustres e iluminados acima mencionados vão informar a macacada em algum momento que o método de comunicação de Mohammed Atta, ressuscitado por “Iolanda” e sua cúmplice, está ligeiramente superado?
Os selvagens para quem qualquer porcaria de migalhas dadas por Pavarotti e pela Tia está muito bom, desde que estes métodos não cheguem às praias dos ilustres, talvez não estejam aguardando suas sábias palavras depois de tanto tempo de empulhação moral e intelectual.
Mas, de repente, talvez o gentil professor Green tenha algum recado para o país de “Iolanda”. Ou pelo menos um pedidozinho de desculpas para a porcaria de revista sobre a qual nem queria falar?
Se não demonstrar um mínimo lapso de contrição, terá que ficar no cantinho do castigo meditando sobre as injustiças da vida. Por exemplo, o intelecto e o caráter chocantemente prodigiosos de Antonio Candido iluminaram a macacada e sobreviveram aos inerradicáveis equívocos políticos gerados pelo trotskismo.
Já o professor James Green é de Brown. E vai acabar Brown. Brown. Brown. Brown.