sexta-feira, 26 de maio de 2017

Maria Silva recebeu críticas de políticos/empresários que roubaram à exaustão nos governos corruptos Lula-Dilma

Fabiana Futema - Veja

Com fama de trator, Maria Silvia foi 1ª mulher a presidir o BNDES

Ela alegou motivos pessoais para deixar o cargo; PF investiga repasses do BNDES para a JBS



A economista Maria Silvia Bastos Marques
A economista Maria Silvia Bastos Marques (Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
A economista Maria Silvia Bastos Marques, uma das mais experientes executivas brasileiras, renunciou hoje à presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em nota, o BNDES informa que ela alegou razões pessoais para entregar o cargo.
Uma das poucas mulheres a ocupar cargos de destaque no governo Michel Temer, a economista tinha fama de ser um trator no trabalho. Ela foi a primeira mulher a presidir a CSN, uma das principais siderúrgicas do país.
Um dos episódios que ajudaram a consolidar a fama de workaholic da executiva foi o fato dela ter aberto mão da licença-maternidade quando estava à frente da CSN. Na época, ela voltou ao trabalho apenas um mês após dar à luz gêmeos.
A renúncia da executiva acontece após o BNDES virar um dos alvos de investigação da Polícia Federal. A operação Bullish investiga irregularidades no repasse de 8 bilhões de reais do BNDES para a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Antes da gestão Temer, Maria Silvia já tinha ocupado cargo de diretora do BNDES durante o governo Fernando Collor de Mello. Ele foi a primeira mulher a ocupar uma diretoria da instituição.
Além das passagens pelo BNDES e CSN, Maria Silvia já fez parte de conselhos de importantes empresas, como Vale e Petrobras.
Os funcionários do BNDES vinham criticando o fato de terem se tornado alvo das investigações da PF. Em editorial publicado nesta quinta-feira, 25, em seu jornal interno, a AFBNDES (associação dos funcionários do BNDES) diz que as acusações são “descabidas” e que as investigações sobre as operações precisam ser “racionalizadas”.