Eduardo Bresciani - O Globo
A presidente Dilma Rousseff foi quem escolheu o nome "Iolanda" para o e-mail fictício pelo qual avisava o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, do avanço das investigações da Operação Lava-Jato. Mônica afirmou em sua delação que o nome foi escolhido por Dilma como referência à mulher do ex-presidente Costa e Silva, que dirigiu o país durante a ditadura militar. O nome da mulher de Costa e Silva era Iolanda Barbosa.
— Por que Iolanda? — questionou uma investigadora.
— A gente ficou pensando, tinha que colocar o nome de alguém. Aí ela falou que era o nome da mulher do presidente Costa e Silva, alguma coisa assim. Ela inventou o nome, Iolanda, e a gente criou esse e-mail — disse Mônica.
A delatora disse ainda que a senha, para não esquecer, era o nome de alguém lidado a Dilma e o ano de nascimento dela, 47.
— Para não esquecer a gente colocou o nome de alguém que era ligado a ela e o número 47, que é o ano que ela nasceu — afirmou Mônica.