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Rafael Balago - Folha de São Paulo
A então presidente Dilma Rousseff telefonou para João Santana para avisar que ele e sua mulher, a empresária Mônica Moura, seriam presos, disse Mônica Moura, empresária e mulher de João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2010 e 2014, em seu depoimento que integra a delação premiada.
De acordo com Mônica, em fevereiro de 2016, o casal estava na República Dominicana e recebeu uma mensagem enviada por Dilma, por meio do e-mail secreto que usavam para se comunicar, com o pedido de conseguir uma linha segura para falar.
"O João [Santana] falou com ela [Dilma] por telefone, na noite do dia 20 ou 21 de fevereiro. Fomos avisados que foi visto um mandado de prisão assinado contra a gente", disse a empresária.
Mônica reiterou que Dilma apenas deu o aviso e não passou nenhuma orientação ao casal ou pediu que tomassem alguma providência. "Nossa reação foi de desespero absoluto. Mas jamais fugiríamos."
No dia 22, a prisão dos dois foi decretada. Eles foram detidos ao retornar ao Brasil, no dia 23 de fevereiro de 2016. Segundo Mônica, depois disso, a comunicação com Dilma e seus emissários foi suspensa. "Nunca mandaram nenhum recadinho de apoio, ou de ameaça, ou de medo, nada, zero. Nem nossos filhos nos procuraram na prisão". Os dois obtiveram liberdade provisória em agosto de 2016.
A delatora também disse que foi procurada por Marcelo Odebrecht para tentar convencer Dilma a tentar parar as investigações da Lava Jato. Mônica disse que chegou a falar com a ex-presidente sobre isso, mas que a petista ficou "muito irritada". "Ela disse: 'Eles são loucos. Não posso fazer nada'."
De acordo com Mônica, em fevereiro de 2016, o casal estava na República Dominicana e recebeu uma mensagem enviada por Dilma, por meio do e-mail secreto que usavam para se comunicar, com o pedido de conseguir uma linha segura para falar.
"O João [Santana] falou com ela [Dilma] por telefone, na noite do dia 20 ou 21 de fevereiro. Fomos avisados que foi visto um mandado de prisão assinado contra a gente", disse a empresária.
Mônica reiterou que Dilma apenas deu o aviso e não passou nenhuma orientação ao casal ou pediu que tomassem alguma providência. "Nossa reação foi de desespero absoluto. Mas jamais fugiríamos."
Paulo Lisboa/Folhapress | ||
Mônica Moura, esposa do marqueteiro João Santana, deixando a a prisão em Curitiba |
No dia 22, a prisão dos dois foi decretada. Eles foram detidos ao retornar ao Brasil, no dia 23 de fevereiro de 2016. Segundo Mônica, depois disso, a comunicação com Dilma e seus emissários foi suspensa. "Nunca mandaram nenhum recadinho de apoio, ou de ameaça, ou de medo, nada, zero. Nem nossos filhos nos procuraram na prisão". Os dois obtiveram liberdade provisória em agosto de 2016.
A delatora também disse que foi procurada por Marcelo Odebrecht para tentar convencer Dilma a tentar parar as investigações da Lava Jato. Mônica disse que chegou a falar com a ex-presidente sobre isso, mas que a petista ficou "muito irritada". "Ela disse: 'Eles são loucos. Não posso fazer nada'."