quinta-feira, 11 de maio de 2017

BB anuncia lucro líquido de R$ 2,4 bi no primeiro trimestre


O Globo


 O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira o lucro líquido ajustado (que exclui fatores não recorrentes) de R$ 2,515 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 95,6% em 12 meses. Considerando fatores não recorrentes, o lucro líquido foi de R$ 2,443 bilhões, resultado 3,6% superior aos R$ 2,359 bilhões em igual período de 2016.

Segundo a instituição, o desempenho decorreu, principalmente, da evolução das rendas de tarifas de administração de fundos e de contas correntes, respectivamente maiores em 29,3% e 11,3%, frente ao primeiro trimestre de 2016. O banco destaca ainda que a redução das despesas financeiras de captação e institucional e a maior recuperação de crédito verificada em um primeiro trimestre nos últimos cinco anos.

A despesa de pessoal, por sua vez, caiu 10,2% e as outras despesas administrativas reduziram em 9,1%, na comparação ao trimestre imediatamente anterior. O banco afirma que a queda foi “fruto do rígido controle de gastos e da reorganização institucional, anunciada em novembro/16”.

Naquele mês o BB anunciou um plano de aposentadoria incentivada, que teve adesão de 9.409 empregados. Para aderir, o funcionário já deveria estar aposentado pela Previdência Social ou ter 50 anos de idade e, no mínimo, 15 anos de trabalho no banco. Por meio do plano, o banco concedeu incentivo de desligamento correspondente ao valor de 12 salários, além de indenização pelo tempo de serviço, que varia de um a três salários, a depender do tempo de banco (entre 15 e 30 anos completos).

Além disso, o presidente do BB, Paulo Caffarelli anunciou medidas de reestruturação, como fechamento de agências, ampliação do atendimento digital, redução de jornada de trabalho e o plano de aposentadoria incentivada. O plano prevê a abertura, ainda em 2017, de mais 255 unidades, entre escritórios e agências digitais, que irão se somar às 245 já existentes. 

Essas unidades atendem 1,3 milhão de clientes, com expectativa de chegar a 4 milhões até o final de 2017.

Segundo o balanço do primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito a pessoas físicas encerrou com saldo de R$ 172,1 bilhões e crescimento de 1,8% em 12 meses. As linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Imobiliário) correspondem a 75,9% do total da carteira. Destaque para o CDC Consignado e Financiamento Imobiliário, com saldo de R$ 105,1 bilhões e crescimento de 4,0% nos últimos 12 meses.

O índice de inadimplência que considera operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada foi de 3,89% no primeiro trimestre.