Toda segunda-feira o Banco Central divulga o relatório Focus, com as previsões dos principais analistas para PIB e inflação. A cada nova rodada de pesquisa, mais um choque de dura realidade, com as estimativas convergindo para um quadro desalentador que faz o Pessimildo – personagem ranzinza criado pela campanha de Dilma para satirizar seus críticos – parecer um Pangloss de tão otimista.
Quando a Alemanha derrotou o Brasil na Copa por 7 a 1, os brasileiros logo encontraram refúgio na brincadeira para aliviar a humilhação. A analogia foi imediata: se a seleção perdera para os alemães por 7 a 1, o governo Dilma também tinha um placar semelhante para mostrar: 7 de inflação e 1 de crescimento. Era a nova derrota humilhante da população brasileira.
Acontece que esses valores estão ultrapassados. O povo brasileiro era feliz e não sabia com esse resultado medíocre. O slogan de Tiririca é falso, muito falso. Fica pior do que está sim. Se fica! O que devemos ter esse ano, na melhor das hipóteses, é um placar impossível de ser replicado no futebol: 8 de inflação e -1 de crescimento. Isso mesmo: uma recessão de 1% com uma inflação acima de 8%:
Aprendi a jamais subestimar a incompetência de um governo de esquerda. Você faz previsões achando que está sendo exigente, que está sendo conservador, colocando no preço todas as possíveis trapalhadas do governo, mas ele vai lá e prova que você era um inocente, um ingênuo, um otimista, um Pangloss iludido. É impressionante!
Resumo da ópera bufa: o governo Dilma é tão ruim, tão ruim, que conseguiu estragar até mesmo a analogia com o massacre sofrido na Copa. Nós todos, críticos de seu governo, achávamos que estávamos abafando com a comparação entre placar do jogo e dados econômicos, mas seu governo foi capaz de transformar esses dados em algo obsoleto de um passado distante que nos deixará saudade.
Quem dera o Brasil estivesse com inflação de “apenas” 7% e crescimento positivo de “incríveis” 1%…