Em janeiro, rombo foi de R$ 1 bilhão; superávit primário do governo registra R$ 104 bilhões
As empresas estatais acumularam nos últimos 12 meses um déficit de R$ 7,4 bilhões. Somente em janeiro, o rombo foi de R$ 1 bilhão. Apesar disso, no primeiro mês de 2025, o governo conseguiu registrar um superávit primário de R$ 104 bilhões, conforme dados do Banco Central.
O resultado positivo das contas, apresentado nesta sexta-feira, 14, em que se exclui os gastos com o pagamento de juros da dívida pública, equivale a 10,83% do Produto Interno Bruto (PIB). O número, que considera governo federal, Estados, municípios e empresas estatais, é o maior já registrado para qualquer mês da série histórica.
Estatais: limitação de gastos
“Superávit primário de R$ 104,1 bilhões, recorde na série, não apenas para meses de janeiro, mas também para qualquer mês. Embora a gente não tenha esse número aqui, dá pra você ver que, com esse ajuste para valor real [pela inflação], esse recorde não seria obtido”, afirmou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central.
Em números ajustados, ficou em R$ 102,1 bilhões. O resultado teve como principal motivo a arrecadação de tributos, tradicionalmente alta no início do ano. No entanto, os dados em detalhes ainda não foram divulgados pela Receita Federal, devido à greve dos servidores do órgão.
Dados do Banco Central mostram redução da dívida pública, apesar do déficit das estatais | Foto: Reprodução/Internet
A espera pela aprovação do Orçamento de 2025 tem restringido os gastos do governo, limitados a 1/12 da dotação orçamentária por mês.
O Tesouro Nacional informou que, na prática, isso reduz ainda mais as despesas, aplicando um limite de 1/18 ao mês. Entre os resultados individuais, o governo federal registrou saldo positivo de R$ 83,15 bilhões, enquanto Estados e municípios tiveram superávit de R$ 21,95 bilhões.
Revista Oeste