Presidente tem histórico polêmico com o uso de bebida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira, 17, que não bebe gasolina, mas sim “outro álcool”. “Não como petróleo, não bebo gasolina, bebo outro álcool”, disse o petista. A afirmação foi feita durante o evento de lançamento do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema da Petrobras.
O presidente reforçou a importância da estatal como um pilar do desenvolvimento econômico e criticou aqueles que buscaram privatizar a companhia. “Os que hoje fazem oposição à Petrobras, à existência da Petrobras, aos investimentos da Petrobras, não queriam que a Petrobras nascesse”, afirmou Lula.
Segundo ele, a estatal sofreu ataques contínuos, especialmente através de tentativas de fatiamento para privatização.
“Vamos privatizando os pedacinhos, pedacinhos, quando os nacionalistas acordarem, a Petrobras já está totalmente privatizada”, disse o presidente. “É preciso que a gente assuma uma responsabilidade de defender com mais coragem aquilo que a gente acredita”, disse Lula. “Se a gente não levar a sério, entra um outro cara e vai privatizar, e vai mandar vocês embora.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta segunda-feira, 17, que não bebe gasolina, mas sim "outro álcool". “Não como petróleo, não bebo gasolina, bebo outro álcool”, disse o petista.
Relação de Lula com o álcool gera polêmica há décadas Em maio de 2004, o jornal norte-americano The New York Times publicou a reportagem Hábito de bebericar do presidente do Brasil vira preocupação nacional, na qual descreve supostos excessos alcoólicos de Lula.
O texto era acompanhado por uma foto do presidente com um copo de cerveja na Oktoberfest do ano anterior. Redigido por um dos correspondentes do jornal no Brasil, Larry Rohter, o texto comparou o suposto hábito de Lula de “consumir bebidas fortes” ao de Jânio Quadros, que presidiu o Brasil entre janeiro e agosto de 1961.
O texto também mencionava que o presidente frequentemente aparecia em fotos ao lado de um copo, com os olhos e as bochechas avermelhados, mas poucas pessoas se sentiam à vontade para comentar publicamente sobre o assunto.
Além disso, Rohter citou várias gafes cometidas pelo presidente, como uma declaração em que ele afirmou que a capital da Namíbia era tão limpa que “não parecia fazer parte de um país africano”. A Secretaria de Imprensa da Presidência buscou descredibilizar o texto e disse que ele “não era jornalístico”, mas uma manifestação de “calúnia, difamação e preconceito”.
Segundo o órgão, a história de que Lula bebe em excesso “é um misto de preconceito, desinformação e má fé”. De acordo com a revista Época, quando leu a matéria, o presidente deu um murro na mesa em que estava e disse diversos palavrões.
Na ocasião, o governo Lula solicitou a cassação do visto de Rohter, mas o pedido foi revogado e a deportação não aconteceu.
Revista Oeste