Jornal diz que o presidente dá a entender aos eleitores que pode resolver a alta dos preços apenas com sua 'lábia'
Lula, durante entrevista para a Rádio Tupi, do Rio - 20.02.2025 | Foto: Ricardo Stuckert/PRO editorial do jornal O Estado de São Paulo deste sábado, 22, repercute as ações nada efetivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a inflação. O texto afirma que o petista age como se fosse “capaz de resolver na lábia questões críticas como a inflação”, além de culpar os outros — os atacadistas e varejistas, os revendedores de combustíveis — pelos preços altos.
O jornal conclui que o culpado pela alta do custo de vida da população é o próprio Lula, suas medidas ineficientes e suas declarações desastrosas.
“Para Lula, como sempre, a responsabilidade pela inflação é dos outros — dos revendedores de combustíveis que ‘assaltam’ o consumidor, dos produtores que repassam para seus preços as variações do dólar e do aquecimento global”, diz o editorial.
“Mas o vilão da inflação, hoje, não é o ovo: são as falas desastradas de Lula, aquelas que fazem o dólar subir, e sua obsessão por manter e até aumentar os gastos públicos, que pressionam os juros e desestimulam a produção.”
O editorial lembrou, ainda, da declaração deprimente de Lula sobre estar consumindo ovos de ema. Isso enquanto a população paga cada vez mais caro nos ovos de galinha do supermercado.
Estou fascinado em como esse discurso do nosso presidente começou em “Inglaterra e França exploram petróleo na América do Sul” passou para “vou comer ovo de jabuti” e terminou com “vou abrir o ovo de ema, colocar açaí dentro e ver que gosto tem”.
Íntegra: “É a Inglaterra que… pic.twitter.com/QtWDEdnYB2 — Sam Pancher (@SamPancher) February 14, 2025 Inflação segue em alta no governo Lula O jornal lembrou que a redução no ritmo da inflação em janeiro foi uma exceção: houve uma diminuição das contas de luz por causa de um bônus da energia da usina de Itaipu, mas o preço dos alimentos continuou subindo. “De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em janeiro, a cesta de 35 produtos de largo consumo nos supermercados ficou 9,29% mais cara em relação a janeiro do ano passado”, afirma um trecho.
Segundo o Estadão, “a tendência para 2025, de acordo com especialistas, é de que a inflação dos alimentos se espalhe ainda mais, principalmente a partir do segundo semestre, mas o governo continua tentando saídas espetaculosas”.
Ao contrário do que sugere o comportamento do presidente da República, a inflação não pode ser diminuída apenas com diálogo.
“Os empresários certamente não se deixarão hipnotizar pelo petista e continuarão a repassar para seus preços os custos cambiais”, explica o editorial. “Mas Lula precisa dar a impressão aos eleitores de que está preocupado com a alta dos alimentos e dos combustíveis. É o melhor jeito de tentar esconder o fato incontornável de que o terceiro mandato de Lula nada tem a oferecer, em nenhuma área relevante.”
Revista Oeste