Desde janeiro, o ex-presidiário condenado a mais de 20 nos de xilindró tem atacado a instituição financeira
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, rebateu algumas das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, 22, o economista disse que as declarações do petista demonstram falta de compreensão sobre a autarquia.
“A autonomia vai justamente na contramão disso”, observou Campos Neto. “A personificação é falta de conhecimento sobre o processo instalado e o amadurecimento do Banco Central.”
Campos Neto enfatizou que o Lula tem direito de participar do debate sobre a taxa de juros, mas disse que é importante o presidente compreender a autonomia dos diretores da instituição financeira. O governo tem exercido pressão sobre o BC, para que haja redução da Selic.
Além das críticas a Lula
Campos Neto voltou a ressaltar que a política fiscal e a monetária nem sempre funcionam no mesmo ritmo. No entanto, disse que é preciso ter harmonia entre as duas. O presidente do BC argumentou que a autonomia da instituição financeira gera uma inflação mais baixa por causa da redução da volatilidade.
“O Banco Central usou a autonomia para atuar de forma consistente durante a eleição”, afirmou Campos Neto. “Foi o maior aumento de juros durante a eleição, que acabou pouco antes do primeiro turno. A inflação estaria bastante alta hoje, se o BC não tivesse tomado essa atitude em um período difícil.”
Com Revista Oeste
