Entre as culturas, o trigo se destaca com o maior ganho proporcional de produção
O mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos confirma a previsão de safra recorde de grãos no Brasil, em 2023. O órgão divulgou as projeções para a colheita na terça-feira 11.
Os relatórios mostram safras recordes para, pelo menos, três grãos no Brasil: milho, soja e trigo. Somadas, as colheitas dessas culturas devem resultar em 290 milhões de toneladas. De acordo com os dados do departamento, essa marca representa um crescimento de 13%, sobre a produção de 2022.
Proporcionalmente, o ganho mais expressivo ficou para o trigo: por volta de 35%. Caso as estimativas se confirmem, a colheita partirá de quase 8 milhões de toneladas para pouco mais de 10 milhões de toneladas. A nova marca deixa o mercado brasileiro a poucos passos da autossuficiência, uma vez que o consumo local é projetado em cerca de 12 milhões de toneladas.
O maior salto em volume absoluto ficou para a soja: de cerca de 130 milhões de toneladas para 154 milhões de toneladas. Ou seja: o incremento é de aproximadamente 24 milhões de toneladas, um extra de 18%.
Além disso, os agricultores brasileiros, que já são os maiores produtores mundiais de soja, devem aumentar sua fatia na safra global da cultura. A proporção do país pode passar de 36% para 41% de toda a colheita desse grão no mundo.
Para o milho, a estimativa é de um incremento de 10% sobre 2022. Atualmente, o país é o segundo colocado na colheita global, perdendo apenas para a China. A safra recorde das lavouras brasileiras em 2023 é estimada em 125 milhões de toneladas, aumentando ainda mais a importância dessa cultura na produção de grãos do Brasil.
Artur Piva, Revista Oeste