sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Ministério Público do Trabalho se alinha ao Magazine Luiza em processo seletivo para negros. Quer dizer, apologia ao racismo... Já imaginaram fazer seleção só para branco?

Órgão dá aval para empresa seguir adiante com promoção de trainee

magazine luiza - ministério público do trabalho

Uma das selecionadas no programa de trainee do Magazine Luiza em 2019 | Foto: Divulgação

Apesar de lei em vigor desde 1995 proibir a limitação a serviço “por motivo de sexo, origem, raça e cor”, o Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) não vê ilegalidade na ação promovida desde a semana passada pelo Magazine Luiza. A rede de varejo divulgou que a nova edição de seu programa de trainee só aceitará candidatos negros.

O MPT rejeitou “série de denúncias” contra o Magazine Luiza. A instituição define o caso como “suposto” racismo. Nesse sentido, o órgão entendeu que nenhuma regra trabalhista foi violada com o anúncio do processo seletivo. 

Segundo o MPT paulista, a empresa é, inclusive, merecedora de elogios. 

Afinal, ela se tornou responsável por “ação afirmativa de reparação histórica.”

“O que os empregadores não podem fazer é criar seleções em que haja reserva de vagas ou preferência a candidatos que não integram grupos historicamente vulneráveis”, analisa a coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, procuradora Adriane Reis de Araújo, conforme divulgado pelo site do MPT-SP. 

A legislação trabalhista, entretanto, não cita “reparação história” em nenhum momento.

Ciente da polêmica

Fundadora e presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano já imaginava que a companhia seria alvo de contestações por causa da seleção exclusiva para negros. 

“Acreditamos que as pessoas vão entrar juridicamente, mas a gente vai lutar e não vamos desistir tão fácil”, declarou a empresária ao site do jornal Folha de S. Paulo.

Com , Revista Oeste