nternautas denunciam parcialidade dos veículos tradicionais de comunicação na cobertura da denúncia contra o presidente do STF
A semana passada foi agitada para a Lava Jato e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Isso porque o ministro determinou, na quinta-feira 9, o compartilhamento de dados da operação com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em síntese, as forças-tarefa de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná têm de entregar, a partir de agora, ao procurador-geral, Augusto Aras, toda a base de dados de investigações. Vale lembrar que o pedido foi feito pelo próprio Ministério Público.
Monitoramento Oeste
Naquela quinta-feira, o interesse por Toffoli cresceu no Google. Numa escala de 0 a 100, que a plataforma utiliza para mensurar o interesse dos internautas, o ministro obteve 31 pontos em comparação com os míseros cinco registrados no início da semana.
Contudo, a escala alcançou o ápice na sexta-feira 10 (o segundo maior em 12 meses quando o assunto é o presidente do STF) em razão da denúncia segundo a qual Toffoli recebeu propina da Odebrecht quando era advogado-geral da União, no governo Lula.
A plataforma mostra que as buscas pelo nome do ministro somado a “Lava Jato” cresceram mais de 1.800%. Pesquisas relacionadas, a exemplo de “marcelo odebrecht” e “toffoli odebrecht”, também apresentaram aumento repentino nas buscas.
Além do Distrito Federal, Estados mostraram curiosidade pelo presidente do STF (na sequência): Tocantins, Piauí e Maranhão. Porém, poucos veículos, como Oeste, noticiaram a denúncia, inicialmente publicada pelo site Vortex. Internautas reclamaram:
Apesar do interesse das pessoas pelo assunto que envolve a denúncia, nos veículos da chamada grande imprensa o foco se manteve nos desdobramentos da decisão de Toffoli de enviar os dados da Lava Jato à PGR. Dessa forma, o possível futuro incerto da operação.
Em blogs de esquerda que noticiaram a denúncia da Odebrecht, o enquadramento das matérias foi de “vingança da Lava Jato”, ao supostamente vazar informações da delação de Marcelo para prejudicar Toffoli. Assim sendo, expor uma “seletividade” da operação.
Cristyan Costa, Revista Oeste