A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou o pregão desta segunda-feira, 13, na mínima do dia, com queda de 1,33%, aos 98.697,06 pontos, após uma piora do mercado acionário de Nova York, motivada pelo vírus chinês no país. O cenário de incertezas também afeta o dólar, que com a ausência de perspectivas positivas para a retomada da economia dos EUA, fechou com valorização de 1,25%, a R$ 5,3885.
Os Estados Unidos seguem atentos ao avanço da covid-19, principalmente depois o Estado da Califórnia anunciar que vai fechar parte do comércio devido ao avanço da doença. Por lá, 63 mil novos casos da doença foram identificados no último domingo, 12. Além disso, o clima também é tenso à espera da temporada de balanços americanos das grandes empresas.
Por aqui, o mercado repercute a projeção de queda de 6,10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo divulgado no relatório Focus, do Banco Central, nesta segunda.
Pressionado pela queda de Nova York e por um pregão marcado pela perspectiva de realização de lucros, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, não conseguiu manter os 100.857,68 pontos alcançados na máxima do dia e cedeu, primeiro ao patamar dos 99 mil pontos e depois aos 98 mil pontos. Com os resultados de hoje, a B3 acumula ganho de 3,83% em julho, mas ainda cede 14,66% ao ano.
Entre as perdas do pregão, chama a atenção Petrobrás ON e PN com quedas de 0,65% e 1,55%, devido a piora do petróleo no mercado internacional. As ações de bancos também cederam e Santander caiu 2,20%, enquanto Bradesco cedeu 2%.
Câmbio
O dólar também foi afetado pelo aumento de casos do vírus chinês e tornou a fechar em alta, após cair por três pregões seguidos. Um movimento de valorização semelhante também foi observado ante ao peso mexicano e chileno, mas na contramão de moedas de outras economias emergentes. Na máxima do dia, pouco antes de serem encerradas as negociações, o dólar à vista subia 1,29%, a R$ 5,3905.
MAIARA SANTIAGO, LUÍS EDUARDO LEAL E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR, O Estado de São Paulo